A Um Cão Vadio

Data 29/04/2010 11:31:08 | Tópico: Poemas



Te compreendo amigo.
Vagas a sós a mendigar
comida e carinho.
Os olhares se privam
de sua presença.
Já não lates a estranhos,
não corres atrás de pneus
ou te escondes de rojões.
Sobrevives solitário e apático
dentro de seu território demarcado.

Tu és magro, amigo,
de dar dó.
Seus pêlos brancos, empoeirados,
curtos e desgastados.
Focinho fino, olhos negros
e tristes
sem nenhuma consoloação...
És como a lua encoberta
pelas nuvens,
que já não te inspiras fé,
para saudá-la
com seu uivo.


Niterói (Praça de São Domingos), 28 de setembro de 2006.


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