Mors

Data 16/05/2010 16:48:08 | Tópico: Poemas

Sei que virás ao meu encontro.
É a inevitabilidade no seu estado mais puro.
Mas quando vieres, avisa-me,
pois quero sorrir
para que as nuvens me recebam em festa.
O medo vai deixando de correr em minhas veias,
o que sinto é pena.
A cada segundo que o cerco se encurta, aumenta a pena que sinto.
Peço-te uma única coisa: serve-te dum relógio bem grande e dá-me tempo para mais uns quantos onirogmos.
Eu sei que para ti o tempo é somente feito de espera. Não passas de uma puta sem cona.
Ao menos tivesses uma.
O tempo é feito de sonhos, e os sonhos precisam de tempo, por isso, dá-me corda.
Sabes, não tenho medo de ti.
Quando chegar a minha hora só irei ter pena de não ouvir o segundo seguinte.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=132958