Debarte

Data 20/05/2010 04:50:51 | Tópico: Poemas

A luz vem da treva
Então não será a treva
A luz original?

E o que é o dourado
Se pros pássaros
O preto é prata?

Quem desabrevia
As mágoas supressas
Desta tirania incremental?

E quem sente com a mente
O sentimento que não mente?
Quem ainda lembra
Que o mais importante
Costumava ser o tempo
A liberdade da estrada?

Aonde estamos
Praonde vamos
Se alguém sabe
Está guardando pra si.

Quem somos
De onde fomos
Se descobriram encobertaram
Ou quem tentou falar
Calaram.

Ai o slow motion da clareza
Santificada seja a lentidão do circunspecto
Resguardem sob treze chaves
A nostalgia do vigor
A letargia do calor.

Dê-me a sauna
E então o mergulho gélido.

Dê-me o sonho impossível
E então a nua e crua
O desejo inapto
E o eterno inédito
O inevitável.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=133484