no pescoço do moço - parte 2

Data 23/05/2010 12:43:39 | Tópico: Poemas

o vermelho odor do sangue despertou-te, está faminto Manel, prendi-te ao mastro para que não fosses seduzido mas pouco efeito fez.
de fora, o imparável olfacto diminui a percepção das coisas, as próprias envergonham o presente e entristecem a mente. enjaulado, o odor corrompe ferozmente a placa bacteriana e imune o doente, Manel amarrei-te ao mastro para que não fosses branco.
o odor do sangue persegue-te goela abaixo, direito ao visceral propósito das coisas, gostas do seu paladar?


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=133955