no pescoço do moço - parte 4

Data 24/05/2010 20:16:43 | Tópico: Poemas

ao sair do metro, um cheiro a frango invade-me as narinas, de facto apurado é este sentido.
de certa maneira isto não acaba aqui, quem à minha frente andar liberta os seus odores, bons e menos aceitáveis, eu tenho que fingir que não os cheirei, e é aí que engulo o meu desprezo.
mas fazer de conta é para os actores, o meu desprezo tim-tim-tim.

Manel, ao ver-me enforcar, cuspiu para o chão e pediu um desejo: que fosse morta bêbada.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=134214