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Data 14/06/2010 21:14:57 | Tópico: Poemas

Como posso pensar que não sei
Se o mundo corre veloz
Como posso julgar e ser lei
Se o povo definha sem voz
Como querem que olhe a direito
Se o que vejo é tudo torto
Como posso não encontrar defeito
Na valeta onde jaz um morto
Como querem que fique calada
Quando vejo um velho na rua
Virou pó e ninguém deu por nada
Triste sorte aquela que é sua
Porque querem que me sente a dormir
Sobre o vazio que é a vida
De uma criança que anda a pedir
O sustento, infância perdida

Acreditar num país acomodado
Não pensem que sou capaz
Ainda lembro de um soldado
Carregando um cravo de paz.

Antónia Ruivo

Ler mais: http://escritatrocada.blogspot.com

Quem se passeia pela Rua Augusta com frequência não pode ficar indiferente a este rapaz, e certamente se recorda de o ver crescer.


Tinha quatro anos quando os pais o mandaram ganhar dinheiro para as ruas de Lisboa. Nos últimos nove foi mendigo, de acordeão às costas, com a cadela Estrela presa por um fio. Todos o conhecem, mas poucos sabem o seu nome. Chama-se Tiago, tem 15 anos e sonha ser piloto de ralis.

pode ler mais sobre o Tiago em http://www.google.pt/imgres?imgurl=ht ... PT308PT308%26tbs%3Disch:1



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