Poemas : 

«« Como querem ««

 
Como posso pensar que não sei
Se o mundo corre veloz
Como posso julgar e ser lei
Se o povo definha sem voz
Como querem que olhe a direito
Se o que vejo é tudo torto
Como posso não encontrar defeito
Na valeta onde jaz um morto
Como querem que fique calada
Quando vejo um velho na rua
Virou pó e ninguém deu por nada
Triste sorte aquela que é sua
Porque querem que me sente a dormir
Sobre o vazio que é a vida
De uma criança que anda a pedir
O sustento, infância perdida

Acreditar num país acomodado
Não pensem que sou capaz
Ainda lembro de um soldado
Carregando um cravo de paz.

Antónia RuivoOpen in new window


Ler mais: http://escritatrocada.blogspot.com


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

Quem se passeia pela Rua Augusta com frequência não pode ficar indiferente a este rapaz, e certamente se recorda de o ver crescer.


Tinha quatro anos quando os pais o mandaram ganhar dinheiro para as ruas de Lisboa. Nos últimos nove foi mendigo, de acordeão às costas, com a cadela Estrela presa por um fio. Todos o conhecem, mas poucos sabem o seu nome. Chama-se Tiago, tem 15 anos e sonha ser piloto de ralis.

pode ler mais sobre o Tiago em http://www.google.pt/imgres?imgurl=ht ... PT308PT308%26tbs%3Disch:1
 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
727
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 14/06/2010 21:35  Atualizado: 14/06/2010 21:35
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: «« Como querem ««
Alentejana,
eu que sou cá do Porto lembro.me perfeitamente deste miudo e do seu cãozinho...
é lamentavel como continuamos num pais que ignora casos destes, mas o quê que não se ignora cá?
Espera já sei é futebol as romarias e mais nada.

quanto ao teu poema não podia estar mais bem definido.

beijo