SONETO À MORTE

Data 22/06/2010 18:37:36 | Tópico: Poemas

São de flores mortas que as alças se enfeitam
No forte sol que já se estanca
Celeradamente vejo a noite em seu leito
Já tão nítida a dor me espanca!

Há solidões como vícios maturados
Nem palavras consistentes eu vejo
E a nuvem cinza já paira no retrato
A morte enfim vem dar seu beijo...

São de versos doridos que o sonho se maquia
Eles vem teimando em abrir minhas mãos
Só quem tem dentro do corpo a sangria

Entenderá como a folha de vermelho se pinta
Tal como o cárdio e sombrio coração
São de versos doridos essa solidão infinda...


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=138386