Sedentos de Infinitos

Data 22/06/2010 23:09:13 | Tópico: Poemas

Vim até ti para beber teu mel
Com minha língua tocar o céu
Da tua boca de estrelas roxas

Com os dedos remover o véu
Tênue e triste que lhe cobre
A face angelical e purpurina
Findar o rio de pranto que corre
Deixando tua face argentina...

Sou aquele grito que te chama
Sou menino que um doce te pede
O fulgor de fulvo fogo que te ama
Que te deseja, te inflama e te aquece...

Não vá sem antes me olhar nos olhos
Sem dizer fonemas aos meus ouvidos
Não vá! Por favor! Eu te imploro!

Seja a luz que me guia em labirintos
O sol que seca as lágrimas que choro
O anjo caído que escuta os meus gritos...

Seja apenas aconchego, carinho e ternura
Venha comigo banhar-se em pratas de lua
Eu e você voando, num momento bonito,

Numa neve brancura,
Voando, felizes e vorazes,
Sedentos de infinitos...


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=138433