
1000 SONETOS DE AMOR
Data 11/07/2010 15:10:51 | Tópico: Poemas
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Te sinto assim, presente, mesmo na tua ausência ... (Olhos de Boneca)
Espero te encontrar Mesmo de ti ausente No quanto se apresente Um raio de luar E nele me levar Aonde estás presente Vivendo plenamente O bom de tanto amar, Sentir a tua pele E nela quando atrele O sonho mais audaz, Sabendo a cada instante O quanto nos garante Amor se é feito em paz.
002
Torturas das saudades Marcando quem se fez Do amor insensatez E nele realidades Aonde quer que brades Ou mesmo quando vês O tanto se desfez Em meras brevidades. Mas sei que ainda posso Fazer deste destroço Um claro amanhecer Viceja esta esperança E quanto mais avança Mais perto sinto ter.
003
Marcadas cicatrizes De tempos onde a vida Deveras presumida Em dores e deslizes E nelas tais matizes Marcando a já sofrida Espera concebida No quanto contradizes E falas de um momento Aonde busco e tento Singrar outro caminho, Mas quando vejo o olhar De quem eu quis amar Já não sou mais sozinho.
004
Amor que se dizia Há tanto tempo atrás Agora já não traz Sequer esta harmonia E nisto poderia Quem sabe mais audaz, Ou mesmo até tenaz Vencer a hipocrisia Do tanto que se dera E nesta dura espera O medo sobressai, O amor que tanto eu quis Agora já não diz E aos poucos sei, se esvai.
005
Somente a poesia Talvez inda redima E mude o velho clima Aonde se traria A vida em agonia E mesmo o quanto estima Quem sabe e se aproxima Do imenso e claro dia. O verso sem futuro O quanto te procuro E nada mais se vendo Não traz felicidade E o pouco que inda invade É feito algum remendo.
006
Mas vejo, no futuro O brilho da esperança E quando nos alcança Em pleno tempo escuro O quanto te procuro A voz além se lança Gerando a confiança Aonde houvera um muro, Dessedentando assim O quanto existe em mim De luta após o fato Da imensa solidão De um tempo feito em vão Do qual eu me desato.
007
Abrindo a porta triste E nela este passado Já tanto desolado Agora não persiste E apenas sei resiste Aqui sempre ao meu lado O amor, velho legado De tudo o que consiste A vida noutra face Aonde quer que eu grasse Seu brilho me tocando, E o peso da cangalha O corpo agora espalha E o mundo fica brando.
008
Quem sabe ressurgida Depois de um temporal Lua fenomenal Regendo a nossa vida, Permita esta saída Novo manancial Em sol, em mar e sal Ausente despedida, Sem ranço e sem mistério A vida sem critério Apenas por sentir, Riscando a hipocrisia Gerando a fantasia Tomando o meu porvir.
009
Retorne noutros dias Depois de tanto medo O quanto me concedo E o tanto que terias Gerando as alegrias E nelas o segredo Vivendo desde cedo Sem ter hipocrisias, Restando dentro em nós O amor ditando a foz De um tempo mais feliz, Açoda-me a vontade E nela sempre agrade O canto que eu te fiz.
010
Bem sabes que estarei Depois da chuva aqui E tanto me embebi Do amor onde eu cevei O quanto desejei E nele presumi O risco e sei em ti Superna e rara grei, Vencendo o que talvez O tempo outrora fez Em duro vendaval, Quem sabe num instante O todo se garante Num ar consensual?
011
Pensando toda noite Naquela que talvez Pudesse insensatez Gerar além do açoite O brilho de um sorriso Afoito e mesmo assim Recende a tal jardim E nega o paraíso, Amar e ter também O corte deste espinho Aonde me avizinho Do sonho quando vem E sei do pesadelo, E como até, vivê-lo.
12
Mulher que me levou Além dos meus anseios E quando sem receios O tempo se mostrou No todo que restou Lembrança destes seios E neles outros veios Por onde amor passou, O quanto vive em mim E levo até meu fim Perfume desta que Ainda vive agora Presença que devora E a cada instante vê.
13
Nos beijos e carinhos Delírios entre riscos Olhares mais ariscos Momentos tão sozinhos. Anseios e pecados Desejos entre fúrias E quando em tais incúrias O gozo desfrutado O rumo se percebe E beijo cada rastro Em ti eu sei me alastro E adentro a imensa sebe Aonde amor renasce E mostra a vera face.
14
Amor que nós fizemos, Em tramas delicadas Em noites desejadas O quanto nos queremos, E assim ao perceber O dia se anuncia Na luz da fantasia Nas teias do querer, Viceja dentro em nós O todo feito em paz, Do quanto fui capaz E sei também a voz Do amor além do encanto A dor e o medo espanto...
15
Nas noites que sem fim Orgásticos caminhos E neles os teus vinhos Delícias sei em mim, Restando do que vim Trazendo em nossos ninhos Os dias vãos sozinhos, Matando este jardim, Mas vejo esta promessa Do amor que recomeça E traça no horizonte Cenário iridescente E nele se pressente O encanto que desponte.
16
Passeio minhas mãos No corpo de quem ama A sorte, a mesma trama E ceva os mesmos grãos, Os dias outros, vãos A morte dita o drama Agora a vida clama E mata antigos nãos, Aprendo assim contigo E enquanto além persigo Inesgotável brilho, O rumo se aproxima Do quanto em novo clima O sonho eu compartilho.
17
Meu coração sofrendo De tanto que se dera Além da vaga espera Ou mesmo de um adendo O pouco vou revendo E nele a vida é fera O todo degenera Não resta algum remendo Revendo o dia a dia Aonde poderia Saber enfim de nós, O tanto não se expondo O mundo decompondo Em tom amargo e atroz.
18
Procuro teus cabelos E toco a tua pele No quanto me compele Vontade de vertê-los E sinto em tais novelos O amor quando se sele E nele já se atrele Os dias em tais zelos, Rever o passo eu pude E tramo em juventude Um novo amanhecer, Assim imerso em luz Ao farto nos conduz O raro e bel prazer.
19
Mas nada encontro aqui Além desta promessa Do amor que se confessa E nele me prendi, O tanto já sofri A vida em fúria e pressa Meu passo se endereça Deveras só a ti. E sei que assim talvez Ainda o que tu crês Permita a caminhada Gerando novo trilho Sem medo ou empecilho Raiando em nova estrada.
20
Mulher que me deixou De tanto amor que tenho O quanto em claro empenho O mundo destroçou O todo que foi meu E agora mais distante Sem nada que garante Após seu apogeu A queda em dor e medo, O risco de sonhar E nada mais achar Saber deste rochedo Saveiro perde o cais, Amores; nunca mais?
21
Promessas tantas fez Quem foi e não voltara Depois nesta seara A noite em turva tez O medo e a insensatez A vida desampara E nada se prepara Aonde amores vês. O tempo não mais cura E sei desta loucura E dela não me aparto, O canto sem promessa O sonho em vão tropeça, Vazio então meu quarto.
22
Palavras que soltaste Ao vento sem pensar, Chegando devagar Causando este contraste Aonde imaginaste Sobejo e bom lugar Sem nada a se mostrar Apenas o desgaste, O risco de viver O gozo do querer E o nada após eu vejo, Assim amortalhado Amor já desolado Sequer resta o desejo?
23
Amor que como veio Um dia foi embora No quanto a vida ancora Em cais atroz e alheio, O tanto que receio A sorte não demora, O vento revigora E o medo em vão anseio, Gerando em contra-senso O mar de amor imenso Exposto ao temporal, E sei que assim te quer E tanto mais sincero Amor fenomenal.
24
Procuro por teu sonho E nele me sacio, Seguindo cada fio Aonde me componho Vagando eu te proponho E nisto me anuncio Depois do desafio De um dia mais medonho, Resumo em verso e canto O todo que garanto Pudesse ser além Do pouco quando resta Amor adentra a fresta E sei quando ele vem.
25
És tudo o que desejo E não mais poderia Viver sequer um dia Sem ter este lampejo E sei o quanto vejo De ti em alegria Decerto é fantasia Ou mesmo um raro ensejo. Mas sigo esta vontade Alheio à tempestade Sonhando em tal bonança Aonde após a treva A lua sempre leva E amor enfim alcança.
26
Meus olhos se perdendo Buscando algum alento Aonde o pensamento Pudesse em estupendo Caminho convertendo O quanto ainda tento Vencer o sofrimento E a dor é dividendo Amor não mais o vejo E quando em azulejo O céu se apresentando Aos poucos, num instante O tempo mais brilhante Eu vejo em mim nublando.
27
Em busca da amplidão Do olhar que me sacia Vagando em claro dia Bebendo os que virão E sei da dimensão Do tanto onde podia Vencer esta agonia E crer noutra estação Amar em plenitude Também porquanto ilude Transcende à própria vida, Depois de tantos anos, Em riscos desenganos A sorte pressentida.
28
Em volta deste tempo, Aonde acreditara Na luz desta seara E vejo o contratempo Vencendo este momento Em dor e tempestade O sonho volta e invade E traz um novo alento Ao menos lenitivo A quem sofrera tanto E quando a luz garanto E nisto sobrevivo, A lua se esvaindo Neblina vem surgindo.
29
Os pássaros errantes Vagando pelo espaço Assim também eu faço Enquanto não garantes O amor em tais instantes Estando sempre lasso Buscando a cada passo Diversos diamantes Eu sei e até pretendo Vencer qualquer remendo E ter em plena luz O sonho mais bonito E dele necessito Ao quanto me conduz.
30
Não sei mais se consigo Vencer os meus tormentos E sei dos desalentos E vivo o desabrigo E quando além persigo Em vagos pensamentos Olhares mais atentos Adentram tal perigo, E sinto que inda posso Viver o amor tão nosso Quão fora no passado, Vestindo esta emoção Os dias me trarão O sonho desejado?
31
De tudo que busquei Na vida a calma e a paz Somente amor me traz Enquanto dita a lei, E quando me enganei No olhar bem mais audaz De quem se fez capaz E nada mais terei Senão este vazio E tento até recrio Algum lugar aonde O beijo saciando O dia imaginando, Mas logo o sol se esconde...
32
O mundo que sonhava Vagando pela vida A sorte presumida Agora morre em lava Uma alma quase escrava De tanto já sofrida Não vendo esta partida Enquanto o passo trava, Resume em dor e pranto O todo que garanto Vencer qualquer tropeço, O amor se faz bem mais E assim em temporais Bonança é o que mereço.
33
Apenas nos meus sonhos Eu tinha esta certeza Do amor em tal nobreza Em dias mais risonhos, Mas quando vejo a sorte E nela não se crê No amor que sem por que Não tendo quem suporte Despenca e sempre leva Consigo uma esperança O passo não avança Senão em plena treva, Buscando recompor Meu sonho em raro amor.
34
Tentarei resistir O máximo que posso Sabendo quanto é nosso O canto de um porvir E tanto presumir No risco aonde endosso O pranto e não me aposso Do encanto, este elixir. Quem dera se pudesse Ainda ter benesse Depois do vendaval, Amar e ter somente O quanto se apresente Mudando todo astral.
35
Os olhos esquecidos De tanto procurar Algum belo lugar Em tantos presumidos, Tocando os meus sentidos Vontade de encontrar Aonde possa andar Nos brilhos pressentidos Restando dentro em nós O quanto fora atroz O mundo sem ninguém, Ao menos poderia Viver esta alegria Que eu sinto, nunca vem...
36
Dos erros nesta vida Eu tento aprender mais E quando em desiguais Caminhos a avenida Da sorte é mais sentida Enfrento os rituais E beijo os sensuais Delírios desta ermida, Vagando noite afora Encanto além aflora E toma o meu olhar, Mas quando vejo e só Envolto em pleno pó Só resta caminhar.
37
Por certo das saudades Jamais me libertara Enquanto a vida amara Em luzes desagrades, Rompendo assim as grades E nelas a seara Vestindo sempre ampara Além das realidades, Eu quero e me permito Um dia mais bonito E nele ter a sorte De ter quem mais queria Vivendo a fantasia Aonde eu me reporte.
38
Amiga, como é bom Saber do nosso amor E seja como for Ouvir o manso som Da lira de um poeta Aonde em verso vê A vida em seu por que E nisto se repleta Uma alma em luz e tanto Desejo se desfia Trazendo em melodia O todo que inda canto Invisto na certeza De um dia em tal leveza.
39
Meus olhos? Sem reflexo Do olhar de quem anseio Agora em tom alheio O canto é desconexo, Aonde mais perplexo Caminho em raro veio, Gerando sem receio O encanto segue anexo Ao passo que se dera Em plena primavera Vencendo os meus temores, E quando vira espinho Andando tão sozinho Sonhara com as flores.
40
Manhã já vai raiada Acordo nos teus braços Agora em doces laços Amor nessa florada. Te beijo, tão feliz Lá longe a dor de outrora Certeza dessa aurora Felicidade em bis. Curada a cicatriz Refeita essa promessa O amor nos prega a peça Contrário aos atos vís Colore de alegria A tua face, a minha Sazona a nossa vinha De novo, a poesia!
ANA MARIA GAZZANEO
Amiga, todo o tempo Distante de você É como não se vê Além do contratempo Vestindo a fantasia Desnudo mansamente E logo se apresente Um claro e raro dia E bebo em seu suor Delírios sem igual Amor tão magistral De todos o maior Bebendo este prazer E nele em paz, viver...
42
Se passa sem que saiba A vida em tal promessa E quando amor confessa Bem antes quando caiba A força inestimável De um gozo em plenitude E nada mais ilude Nem mesmo este indomável Caminho aonde a vida Adentra sem temor As ânsias de um amor E nelas resumida A história feita em glória Cevando uma vitória.
43
A vida se passando Aonde quis bem mais E nestes temporais O tempo se nublando, Mas lembro desde quando Queria em sensuais Desenhos magistrais Um mundo nos tocando, E o corpo dessedenta A fome em tal prazer E neste bem querer A vida se apresenta Diversa da que outrora Ainda à noite aflora.
44
Ninguém sabe isso é certo E sinto sendo assim O amor cevando em mim O quanto em paz desperto E tanto já me alerto Vislumbro e chego enfim Ao tanto de onde vim Deixando o peito aberto Vestindo esta ilusão E nela se verão Os dias mais felizes, Embora ainda veja Aonde quer que esteja As velhas cicatrizes.
45
Distante dos amores A vida não teria Sequer esta alegria E nela se te fores Levando os meus albores Matando em agonia O quanto em fantasia Traçara em várias cores O manto onde se cobre O amor sobejo e nobre Resiste ao tempo e vivo O canto em alvorada Trazendo à bela estrada Ao menos lenitivo.
46
Vivendo tão somente O quanto quis ou mais E nunca sei do cais Aonde já se ausente O olhar que antes clemente Vencera os vendavais E sei de ti jamais O medo imprevidente. Resumos desta sorte E nela se reporte Ao máximo, o prazer, Viceja dentro em nós A flor e dita a voz Enfim do meu viver.
47
Na vida nunca tive Sequer uma alegria Depois onde teria Se nunca além estive? E assim se me contive Também não poderia Viver esta agonia Se nela eu me retive? Eu quero apenas isto E sei o quanto insisto No amor que enfim virá E quero sem demora A vida em paz ancora Agora e desde já.
48
Que ao menos um amor Pudesse ainda haver Aonde o bem querer Negasse ou num temor Gerasse espinho e flor, E quando enfim colher As tramas posso ver O dia em claro albor, Não quero outro caminho E sei se vou sozinho Não tenho este canteiro, A sorte em tuas mãos O amor em vários grãos Explica o jardineiro.
49
Jogado neste canto O tempo sem promessa E amor se a paz professa A vida assim garanto, E tanto quanto espanto A dor e se confessa A sorte vem sem pressa E mata este quebranto, Resumos entre nós Do amor em clara foz E nela se mostrara A vida como fosse Sensível; mesmo doce Domando esta seara.
50
Perdido sem talvez Saber se ainda é nosso E nisto não me aposso Somente do que vês Eu bebo a insensatez E tento enquanto posso Seguir e assim adoço O amor como tu crês, Já não mais poderia Saber da fantasia Se nela não tivesse A glória, a paz e a messe De ver em atitude Além do que mais pude.
51
O mundo que sonhara Agora se apresenta E mesmo se sangrenta A vida mais amara Na sorte se prepara Ao menos já me alenta Saber quanto a tormenta Ausenta esta seara, Vencer o sofrimento É tudo o que inda tento Viceja dentro em mim Certeza de outro dia Em paz e poesia Amor vivendo, enfim.
52
Restando tão somente Do todo que buscava A marca desta lava E nela se aparente O tanto que não quero Da dor em minha vida, Assim a presumida História em tom sincero Traduz alguma luz E nela se entranhando O mundo desde quando Ao todo me conduz, Gestando dentro em nós O amor em firme voz.
53
O tempo se passou Deixando a dura marca Que a sorte não abarca E nela se mostrou O quanto não mais sou Deixando atrás a barca A sorte já demarca O rumo que tomou. Fronteiras não mais sei E vejo nesta grei Dourada luz e imensa, O amor sendo decerto Aonde eu já desperto A dita então compensa.
54
E tudo o que restara Jamais se poderia Trazer em fantasia Ou sorte mesmo amara, O gosto o gesto um ato Que possa redimir E trazer ao porvir Um sonho onde eu desato Os nós, buscando em paz O quanto amor se dera Gerando a primavera E nela se refaz O canto em tal promessa Aonde o amor se expressa.
55
Olhando para o céu Vislumbro em claridade Amor que agora invade E toma em raro véu Desvendo o meu papel E aos poucos a verdade Reinando em liberdade Estende o mundo ao léu, Galgando este infinito Num sideral alento O tanto quanto tento Ou mesmo necessito Traduz a languidez Aonde o amor se fez.
56
Os olhos tão felizes De quem se fez amante E sei quanto garante O sonho entre os deslizes E quando contradizes O tanto que se espante E nisto se adiante Após as cicatrizes O passo rumo a ti E nele presumi A liberdade intensa, O corpo te tocando Amor, amor gerando Em rara recompensa.
57
Que sempre procurei Durante a minha vida A sorte pressentida Toando como lei Gestando o que entranhei E nisto não duvida Quem sabe destruída A luz que imaginei, O carma, o corte e o nada A presa desolada A mansa claridade, E nela se percebe O tanto que esta sebe Em luzes já me invade.
58
Mas vive assim somente Quem tanto quis além E sei do farto bem E dele esta semente Gerando este inclemente Delírio onde convém Apenas ser alguém Ou nada plenamente, Mas quando amor impera Ausente esta quimera Em libertário sonho Eu vivo e não me canso Sabendo do remanso Que em ti quero e componho.
59
Criança que jamais Pensara no futuro Em ter um tempo escuro Em tantos temporais, Mas vejo em ti o cais Que em guerras eu procuro E sei quanto maduro O amor em seus cristais Regendo a nossa história Traçando na memória Um porto mais suave, Viceja desde agora O quanto em paz ancora O coração, esta ave.
60
Brincando na ante-sala A sorte não concentra E quando o quarto adentra Minha alma não se cala, E beija a mão de quem Sabendo a solidão Trazendo outra estação Deveras sempre vem, Mergulho nos teus braços E vejo como posso Cevar um mundo nosso Vencer os meus cansaços, Amor em raros frascos Matando estes fiascos.
61
De amores esquecidos O tanto que pudera Saber da primavera E nela resumidos Os dias que virão Viceja esta alegria Por onde poderia Haver a hibernação, Mas amor se promete E tantas vezes dita A sorte mais bonita E assim já me arremete Aos braços desta que Em luas também crê.
62
Apenas na esperança De um dia mais tranqüilo Assim quando desfilo A vida nos alcança E rege bem mais mansa O tempo onde perfilo E sei do vário estilo Aonde esta aliança Tramando uma ventura Que tanto me assegura Um dia aonde eu veja, O todo num clarão Mergulho em raro vão E amor doma e troveja.
63
Estrela, por favor Aonde posso ver As ânsias do querer Ditando novo amor, Assim ao te propor O mundo passo a crer No todo de um viver E nele sei a flor Bebendo esta promessa E nela se confessa A dita mais feliz, E o rosto em cor e brilho No quanto em ti palmilho O canto que mais quis.
64
Responda, não se cale Perceba o quanto eu quero O amor puro e sincero E nele o imenso vale Aonde a voz que fale Em tom jamais tão fero Ditando o quanto espero Do amor que me avassale, Gerando assim a messe E nisto se confesse A glória mais sutil, Viver a imensidão Das noites que virão Que o gozo pressentiu.
65
Irei ao teu encontro Depois do temporal, O amor consensual Ausente desencontro Permite o tanto quanto Desejo e quero mais Arcando em magistrais Caminhos que garanto Cercando em paz e lume O todo quanto fiz E tendo por um triz O passo aonde rume Gerando o brilho enorme Que tanto nos transforme.
66
O nosso amor, estrela, Não pode se acabar Tampouco mergulhar Onde não posso vê-la Sentindo quanto é bela A sorte a me trazer O gozo de um prazer Aonde amor revela A mansidão e o canto E nesta plenitude Que nada mais se mude Assim eu adianto E bebo em privilégio O amor sem sortilégio.
67
Assim qual nosso filho O encanto mais suave Gerando o sonho, esta ave Aonde além palmilho Vagando em tanto brilho Não vendo qualquer trave No quanto não agrave O sol por onde eu trilho Viceja plenamente O amor que se apresente Qual fosse solução, Vestindo esta alegria O quanto poderia Viver a imensidão.
68
Querido, Acordei com vontade de você, Da sua doce companhia, Da sua apaixonante poesia... Regina Costa
São tantos os momentos Aonde penso em ti E quando te senti Roçando em pensamentos Trazida pelos ventos Em gozos me embebi E tanto estás aqui Em vários sentimentos, Desejos incontidos As fúrias das libidos Anseios e promessas Assim ao te poder Sentir e ter prazer Em sonhos tu me expressas.
69
Eu canto a meus amigos O encanto deste amor E nele quero pôr Os sonhos, meus abrigos, E quanto aos vãos perigos Não posso nem supor O quanto é tentador Mesmo em vários e antigos Alentos onde eu tenha A brasa, o fogo e a lenha Gerando assim tal frágua E nela o meu anseio Vibrando sem receio No amor que ora deságua.
70
Em plena fantasia A senda mais bonita Aonde se permita Amor quando queria Viver esta alegria E nela se acredita A benção, nossa dita Contendo esta sangria Por onde no passado O tempo desolado Traria apenas medo, E quando estou contigo Assim o sonho abrigo E o gozo eu me concedo.
71
Por mais que complicado O tempo não se trama Em medo e sim na chama Do amor abençoado Gerando um novo fado E nele sei do drama E quando a gente se ama O tempo; iluminado. Restando dentro em mim O quanto disto enfim Consigo conceber Vestindo esta emoção E nela a sensação Enorme de um prazer.
72
Amigos com certeza A vida até nos traz E neles sinto a paz Aonde sem surpresa Vencer a correnteza E ser até audaz, Mas nada mais compraz Que ter esta beleza Em feminina forma Que tanto me transforma E toma o meu caminho, Amante e companheira Decerto a vida inteira Em ti eu quero e aninho.
73
A vida necessita Do gozo e da alegria No quanto bendizia E tanto esta infinita Vontade que palpita E traça em fantasia O quando poderia Viver a mais bonita História em pleno amor, Viceja em nós a flor Mais forte em luz imensa, Assim ao se sentir O amor a redimir A dor e a desavença.
74
Em todos os caminhos Que ainda seguirei Extensa e longa grei Formada por daninhos E dias tão mesquinhos Por onde eu encontrei E mesmo imaginei Os vários vãos e espinhos. Mas quando esta promessa Do amor que se confessa Sem medo e sem pudor, Não posso mais tentar Sequer o navegar Nos braços deste amor.
75
Amigos, vão vencendo Os medos quando eu tenho Além deste desenho Perdido de um remendo O todo se tecendo E nele me detenho E tento com empenho O mar mais estupendo, Amar e ter comigo O quanto já persigo E tanto pude até Sabendo e tendo fé No dia aonde eu pude O amor em plenitude.
76
Cansaço de viver Ausente de quem busco O tempo amargo e brusco E nele posso ver Somente o que não quero E tendo esta incerteza Da vida sobre a mesa O vento agora é fero, Mas quando te percebo E vejo que tu vens Amor ditando os bens Gerando o que recebo Em glória e mansidão Mudando esta estação.
77
No vinho que embriaga O gozo da mulher Que tanto bem se quer E nisto sempre traga A sorte mesmo vaga E nela se puder Trazer o que vier Enquanto além afaga A mágica presença De quem já me convença Que vale sempre a pena O amor sem ter medida Tomando a nossa vida Tornando-a mais serena.
78
Quem tem amigo sabe O quanto é necessário O abraço solidário Antes que já desabe O todo aonde um dia Vivera ou mesmo até Sem ter ou ser quem é A sorte não traria, Porém somente amor Permite nova senda E assim ao tanto estenda Um manto multicor Nos braços desta amada Ali, a minha estrada.
79
O bem que já nos faz O amor sem as defesas Vencendo com certezas O quanto mais mordaz A vida não mais traz Sequer quaisquer surpresas E trama sobre as mesas O dia mais audaz, Refém desta alegria O quanto eu poderia Saber da plena sorte De ter sempre ao meu lado O amor imaginado E a paz que reconforte.
80
Portanto eu nunca temo As sortes que maldizes Tampouco as tantas crises, Tentando com meu remo Vencer a correnteza A vida em dor e medo, O tanto que concedo E tenho esta beleza Do encanto feminino Maior e que me traga Além da fúria e adaga O sol onde fascino O brilho sem pudor Do imenso e nobre amor.
81
Certeza de que tenho O olhar neste horizonte Aonde sempre aponte Qualquer que seja o cenho Vagando não desdenho Ou mesmo nego a fonte Amor serve de ponte E nisto não retenho O passo quando tento Vencer o sofrimento E até o vendaval, No gozo presumido O amor só faz sentido Se for consensual.
82
Amigo quando vai Depois da tempestade Deveras a saudade Aos poucos já se esvai, Porém amor nos trai E quando a fúria invade Não basta a saciedade E nada nos distrai, O quanto te querendo E a dor em dividendo Jamais imaginara, Mas quando foste embora Minha alma sem demora Abrindo imensa escara.
83
Estrelas vão perdendo O lume quando a vida Em outra percebida Não passa de um remendo, Assim nada colhendo Preparo a despedida E sei que sem saída O mundo não desvendo, E perco o que me resta Em cena mais funesta Imensa solidão, O amor em seus ditames Enquanto tanto clames Não sabe a direção.
84
O céu de minha vida Já tanto sem estrelas Pudesse enfim contê-las E ter a tão querida Certeza sendo urdida Em luas e bebê-las Ou mesmo até vertê-las Sem ter as despedidas Dos sonhos num adeus, Momentos nossos, meus A vida não traria Não fosse esta incerteza Talvez sem ter surpresa Pudesse um novo dia.
85
O rumo da existência Jamais se vê no fato Enquanto me maltrato Vivendo a dura ausência Amor sem ter clemência E nele este ar ingrato Polui qualquer regato E gera a penitência No peito de quem sonha A lua antes risonha Agora em trevas feita, E assim minha alma esquece Do quanto quis benesse E solitária, deita.
86
Amigo, na saudade Do amor que tanto eu quis E tive por um triz Qual fosse realidade, O tempo já degrade E gera este infeliz E tento em cicatriz Viver felicidade, Mas quando ela se ausenta A vida em tal tormenta Jamais consigo além Deste horizonte baço E nele nada traço E dele nada vem.
87
Por certo não consigo Sem ter alguém por perto Viver neste deserto E nele em desabrigo, Queria estar contigo, Mas quando enfim desperto E vejo o rumo incerto E nele este perigo, A sorte não se crê E tudo sem por que Jamais tece esperança, Mas quando amor se trama E nisto acende a chama, Eu vejo a confiança.
88
Na minha insegurança O passo segue em falso Preparo o cadafalso Aonde a vida lança Quem tenta e não alcança Sabendo este percalço As ilusões descalço A vida não se amansa, E o tempo de sonhar O canto a me roçar O verso se aflorando No peito de quem tenta Sabendo ser sangrenta A vida em contrabando.
89
Ficando mais alheio Ao fato de saber O quanto em desprazer A vida segue um veio E tanto se receio Ou mesmo busco ter No bem de ainda ver O amor que ora rodeio. Vencer em mansidão As horas que virão E nelas ter comigo O todo e já persigo Ausente solidão Em ti, suave abrigo.
90
As duras tempestades Imensos vendavais E neles muito mais Do quanto tanto agrades Percebo estas verdades Que sei serem venais E os dias num jamais Aonde além tu brades. Mas quando estou em ti O mundo concebi Diverso e em luz tranquila Minha alma transparece E o sonho então se tece No amor que em paz desfila.
91
Talvez sejam mordazes Os dias quando a sorte Não tendo algum aporte Diversa da que trazes Pressente mais tenazes As dores, busco a morte E sei de cada corte E tu jamais comprazes. Mas quero até sentir O amor como elixir Que sane em panacéia, A vida noutro rumo E quando além me escumo A sorte segue atéia.
92
Agora, como irei Viver sem ter aqui Quem sei que já perdi Ausente noutra grei, O amor que desejei Desenho presumi E quando estava em ti O canto eu mergulhei, Mas hoje noutra face A vida não mais trace Senão esta incerteza Gerando o que pudera Ainda viva a fera Marcando com dureza.
93
Terei quiçá u’a luz Que possa me trazer O bom e bel prazer Aonde reproduz A imagem onde eu pus O tanto do querer E nada a se saber Somente a contraluz, E audaciosamente A vida se pressente Em tez suave quando O amor ditando regras E nele tu me entregas O coração mais brando.
94
Estrela dessa sorte Aonde te escondeste? O quanto percebeste Em mim do imenso corte, Tomando enfim meu norte Aos poucos concebeste Um mundo senão este Que tanto me conforte, Gerando após a queda No quanto o rumo veda Apenas solidão, Mas vejo uma esperança No amor que agora alcança, É chuva de verão?
95
Quando da vida amigo Eu aprendi a ter No olhar de um bem querer O quanto em paz persigo, E tanto assim prossigo Nas ânsias a beber Em goles o prazer Ou mesmo algum castigo, Reinando sobre o passo O mundo noutro traço Vagando sem destino, Mas quando enamorado O tempo ora nublado Tornando cristalino.
96
Sozinho estou perdendo O rumo desta vida E não vejo saída Aos poucos me vertendo Num mar de solidão Deveras sem futuro O quanto já procuro Em vaga direção, Amor jamais pudera Sentir o seu perfume E sendo assim se esfume E gere esta quimera, Mas resta uma esperança E nela a sorte lança.
97
Pelas noites vazias O quanto procurava E nada se encontrava Aonde não havias E tendo estas sombrias Manhãs, uma alma escrava No tanto onde se trava Marcando os duros dias, Mas quando amor regesse O mundo e então bebesse A sorte noutra face, A paz, a vida a glória Mudando a minha história Por onde o sonho grasse.
98
Talvez quem sabe ainda O tanto que se quer Além deste qualquer Caminho onde deslinda A vida e nada brinda Senão quando vier O olhar desta mulher Deveras rara e linda. O manto se tecendo Em paz e em estupendo Caminho para o farto, Assim ao me entregar Sem nada perguntar Ao grande sonho eu parto.
99
E viva nessa vida O tempo aonde o tanto Pudesse por encanto Reger nova saída E sei da sorte urdida E nisto eu não me espanto E quero em novo canto A sorte presumida No fato de sonhar E nele acreditar Quem sabe possa então Vencer os meus temores E tendo enfim amores Os dias mudarão?
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Bem sabes que te adoro E nada mais além Do todo onde contém O encanto aonde afloro O rumo já decoro E sei dele tão bem, Assim quem sabe vem O dia quando ancoro O sonho neste cais Em atos magistrais Ferrenha fantasia, Gerando outra emoção E nela a direção Traçando o novo dia.
101
Ávido de teus olhos Buscara no jardim Que tento dentro em mim Cevar entre os abrolhos, Mas nada no horizonte Senão a tez brumosa Da tarde caprichosa Aonde não desponte O sol que tanto quero Ou mesmo até um dia O tempo mudaria E nele menos fero O rumo em paz pudesse Quem sabe? Amor merece.
102
A vida, sem te ter Não tem qualquer valia E assim não poderia Saber de algum prazer Quem tenta e pode ver Ainda em agonia O quanto em fantasia O mundo a se perder, Brandindo a minha voz E nela este feroz Delírio não contenta, A sorte é caprichosa E tanto traz a rosa Quanto esta tez sangrenta.
103
Aumentam minhas dores Nos sonhos mais cruéis E bebo destes féis E neles desamores, Aonde tu te pores Ali os meus papéis E os sonhos, carrosséis Girando aonde opores Na paz que sei sublime O amor quando redime Permite acreditar No dia mais suave, Mas quando a dor agrave Mais nada a se mostrar.
104
Mas sei que nada disso Talvez seja o começo Do quanto até mereço E sei quando cobiço A vida neste viço O risco em tal tropeço, O amor sem endereço O solo movediço, O risco de sonhar Navego em tal luar Distante do que tanto Pudesse ainda haver Nas ânsias do querer No sonho que ora canto.
105
O fim do nosso caso O tempo determina E sei quanto fascina O amor sem ter ocaso, Mas sei também que o prazo Aos poucos já termina E quando atroz a mina O risco não comprazo, Viver assim, jamais; O sonho em vendavais Diversos furacões Marcando a ferro e fogo Trazendo em ledo rogo Dispersas dimensões.
106
Pois sei que está escrito Nas tantas farsas quando O amor se aproximando E nisto eu acredito, Vagando este infinito E aos poucos se entornando Aonde quis mais brando Agora em tom aflito, Resumo a minha ausência Na dor e na imprudência De um passo sem destino, E quando em tal percalço Nem mesmo o encanto eu alço Ao fim me determino.
107
O mundo não será Da forma que eu quisera Sabendo da quimera E colho desde já O nada que fará A vida em primavera Assim a atroz espera De nada valerá, O medo se apresenta E gera outra tormenta Aonde quis a paz, O todo não se vendo O amor, mero remendo O sonho já desfaz.
108
Amores que nasceram Nos olhos da promessa O nada se confessa E nada mereceram, Assim ledos morreram E o canto recomeça No entanto já tropeça Aonde eles perderam O rumo e sei que disto A cada vez que insisto Lutar contra a verdade A sombra toma tudo, Porém no amor me iludo Embora a ausência brade.
109
Superam com certeza O tanto que não quero E tendo mais sincero O rumo onde a surpresa Gerando esta incerteza E nela me tempero O manto mais austero Dos sonhos dita a presa, O rumo não conheço Amor sem endereço Seguindo sempre ao léu, Assim também desfaço O canto quando passo Além de todo o mel.
110
O teu amor somente Traduz farto esplendor E gera um sedutor Caminho onde aparente O sol raro e potente Traçando um redentor Delírio e ao me propor Encontro-o plenamente. Cerzindo em teia nobre O encanto que recobre Minha alma em alegria, Transcendo à própria luz No tanto que produz E além sempre me guia.
111
Desde o dia em que bela Estrela veio a mim Trazendo a paz e enfim Agora se revela Desnuda em clara tela E trama sempre assim Um rumo onde o jardim Em raras flores sela, Revendo cada fato Aonde eu me retrato Do lado de quem vejo Vigor em esperança Meu passo além se lança Moldando este desejo.
112
Meu coração decerto Não cansa de esperar Quem possa enfim me amar Deixando este deserto E agora se desperto Vontade de ficar Ou mesmo me entregar De peito sempre aberto, Galgando muito além Do quanto quis e vem Vibrando em consonância O amor não teme nada E vence a longa estrada Reduz qualquer distância.
113
A Deus agradecendo Por ter quem sempre eu quis E sendo assim feliz Deveras estupendo Caminho ora desvendo E nele peço bis Aonde por um triz O tempo eu vi perdendo, Agora sendo em ti O amor que descobri Não temo mais a ausência, No quanto em tanta entrega A vida em paz trafega Gerando onipotência.
114
Não sinto mais os medos Nem mesmo as ventanias Porquanto tu querias Destinos e segredos, E tendo outrora ledos Vazios, vários dias, Agora em alegrias Não vejo mais degredos, Enredos concordantes E nisto me agigantes Permites novo sonho No verso que eu te faço O amor em todo espaço, Ao farto eu me proponho.
115
Faziam cada noite Os frios costumeiros De invernos verdadeiros O vento sendo açoite, Porém cedo vieste Trazendo outra estação E o mundo desde então Não fora mais agreste Revejo a minha estrada E nela traço agora A sorte que se aflora E trama nova estada Na estância deste amor Em clara e farta cor.
116
Minha alma de tua alma Dessedentando a sorte E nisto já comporte O vento que me acalma O riso mais suave O passo com firmeza Decerto este certeza Sem nada que me entrave Permite novo tempo E nele sou inteiro No amor aventureiro Jamais vi contratempo Apenas a alegria Que tanto mais queria.
117
Amor que santifica Quem tanto quis a glória E muda a sua história Tornando bem mais rica Aonde já se aplica A sorte sem vanglória E nisto esta vitória Assim se multiplica Riscando até do mapa Na luz que não escapa A imensa escuridão, Galgando à plenitude Amor já não me ilude E dita a direção.
118
Te quero como o brilho Da estrela benfazeja E tanto se deseja O quanto em ti palmilho Galgando este andarilho À sorte mais sobeja Esta alma tão andeja Encontra agora um trilho E segue destemida Gerindo a minha vida Em plena fantasia, Assim o tanto quanto Amor quero e garanto Amor também daria.
119
Trazendo em cada raio A imensa claridade Amor quando me invade E nisto não me traio Deveras dita o rumo Que tento doravante Amor que me adiante E nele já resumo A vida sem temores, Sem ânsias nem ermidas, Curando estas feridas Por onde quer que fores Gestando em sintonia A paz que mais queria.
120
A vida em tua vida Só traz e tanto soma Ainda o peito toma E cessa a velha ermida A sorte dirigida Nas ânsias deste coma, E nele a paz se doma E torna uma saída, Vencer os meus rancores Sentir as tantas flores Viver a primavera, Depois de tantos anos, Em erros desenganos É mais do que se espera.
121
Contigo encontrarei O quanto mais preciso E sei do Paraíso Vivendo em tua grei E nela me espelhei, Um dia em teu sorriso Vibrando em tom conciso Nos braços mergulhei, Resumo de uma lenda Aonde amor estenda E trague em calmaria O todo de um passado Dorido e amargurado Aonde nada havia.
122
Te busco, com certeza Nas ânsias e no anseio E quando a sorte veio Trazendo tal surpresa O amor em correnteza Encontra o seu esteio Do outrora devaneio Agora esta firmeza Levando para frente O quanto se apresente De um tempo magistral Amor sem mais promessas E nele me confessas Caminho sem igual.
123
Minha alma te adorando Deidade em forma humana, No todo que se dana O corpo outrora brando Agora noutro bando A vida é soberana E gera e não engana O tempo transformando Em rara fantasia E nela deveria Alçar eternidade E tendo pela frente O amor que me apascente Certeza disto invade.
124
Amores sem pecado Delírios sem pudor, O quanto diz amor É sempre bem traçado, O dia imaginado O canto a se compor Beleza de uma flor Reinando sobre o prado, Certeza de uma sorte Aonde se conforte A dor do dia a dia, No amor sem ter juízo O canto mais preciso Transcorre em harmonia.
125
Depressa consumindo O tanto que se dera Deixando atrás a fera Aonde o tempo é findo E agora em paz eu brindo Matando esta quimera No todo que se espera Amor suave e lindo, Restando dentro em nós Além da mera foz A imensidão do mar, Vontade saciada A vida emoldurada Nas ânsias deste amar.
126
Transporta de repente O todo que buscava E quando em fúria e lava A vida se apresente No amor onipotente O medo se ofuscava E a sorte então gerava Um dia mais contente. Restando muito pouco Do quanto fora louco Quem nisto acreditara, O amor sem preconceito Não toma mesmo jeito E doma esta seara.
127
E nos mostra a delícia De quem se fez além Vencendo algum desdém Bebendo esta carícia Dos sonhos, a esperança Traçando em verso e voz Um dia para nós Aonde o passo avança Gerando o girassol Que existe a cada instante E nisto se garante Amor, raro farol Tomando a bela senda E nisto em mim se estenda.
128
Cada vez mais paixão Não deixa qualquer medo Enquanto assim procedo Tomando a direção Os dias mostrarão O quanto deste enredo Traduz manso segredo Se temos o timão, O mar em calmaria A vida se faria Deveras em bonança No quanto te desejo O amor real, sobejo Eternidade alcança.
129
E bocas se tocando Em suave companhia O tanto que eu queria E nisto desde quando Amor fora tomando Decerto a cercania E gera a fantasia Num ar deveras brando, Enquanto houver certeza Da imensa correnteza A corredeira em nós O amor já se apresenta E cessa uma tormenta Ditando a sua voz.
130
De tudo que tu tens E sabes bem querida A sorte sendo ungida Permite novos bens E quando sempre vens Traçando em paz a vida A senda presumida Não tem sequer desdéns, Assim ao me entregar Sem nada mais temer Eu bebo do prazer E sei cada lugar E quando me ancorar No cais do bem querer.
131
És fogo e com certeza Não temo mais sequer O pranto se vier E o medo sem surpresa O corte, a sobremesa O manto em tom qualquer O corpo da mulher Com tanta sutileza Desnudo em minha cama Agora já me clama E insaciavelmente Penetro cada cais E quero sempre mais Do amor, nosso regente.
132
Eu quero me queimar No todo que se trama Assim em nossa cama Chamando devagar E ter onde chegar Depois do mesmo drama E nisto se reclama Da sorte a se mostrar Diversa da que um dia Eu tanto bem queria Certeza eu tenho disto, E sei que na verdade Enquanto amor invade Deveras eu existo.
133
Eu sou chama enquanto és A brasa sempre viva E quando me cativa Atiça estas galés E preso pelos pés Minha alma já se criva Gerando expectativa De um mundo sem viés, Erguendo o meu olhar Além neste horizonte Aonde já se aponte O sol a nos tomar, Viceja esta roseira Amada companheira.
134
Teu corpo desfrutando Do quanto o meu te dá E sei que desde já O mundo antes nefando Agora se moldando No fundo nos trará O sol que tocará A pele nos queimando Com toda a sutileza Amor fazendo a presa Atando estas algemas, E quando se percebe Domina toda a sebe, Porém o amor, não temas.
135
Não perco um só segundo Do todo que te quero E sei quanto é sincero O canto onde me inundo Vestindo esta alegria De ter aqui comigo O encanto que persigo A sorte onde faria O dia mais tranqüilo E nele com frescor Vibrando em raro amor, A paz sempre desfilo E nesta transparência Amor em consciência.
136
Portanto minha amada Não tema o que inda vem A vida faz refém Quem não soubera nada E tendo nesta estada O encanto que provém O todo nos convém Na paz anunciada, Resumos deste fato Aonde me retrato E sigo sem temor, As tantas alegrias Invadem cercanias Regendo o nosso amor.
137
Vivamos os delírios De quem se fez mais forte E nisto nosso norte Não sabe mais martírios Restando dentro em nós A sorte benfazeja E tudo se preveja Em passo mais veloz Gestando esta ternura Aonde se perfuma A vida enquanto rumo Sem medo e já perdura Vencendo as amplidões Alçando as emoções.
138
Amor que sempre toca Os sonhos de quem tenta Vencer a violenta Loucura e já se aloca Nas ânsias e provoca A sorte até sangrenta E às vezes apascenta Um mar em frente à roca. Não há quem mais resista Enquanto o amor se avista E toma este cenário Assim também comigo O sonho que persigo, Um bem tão necessário...
139
Mostrando a direção Dos dias onde há tanto Deveras eu garanto A sorte em precisão, Pudera desde então E nisto não me espanto Viver onde agiganto Com fúria de leão Gestando esta certeza E nela com leveza Levar a vida em frente, No todo que se faz O amor regendo em paz O mar sempre apascente.
140
Espero em sofrimento Apenas que o perdão Tomando a decisão Não deixe este lamento Vencer, por isto eu tento Seguir na embarcação Embora a precisão Não haja contra o vento, Vestindo esta esperança Além o sonho avança E tanto me permite Sentir qual fosse a luz O amor que me conduz Sem ter qualquer limite.
141
Trazendo, no meu peito A dor de ter perdido O amor já percebido Enquanto insatisfeito Enfrento o duro leito E vejo repartido Além de algum sentido O sonho mais perfeito, Restando o que pudera Talvez sem primavera A fera mais audaz Aumente o poderio, No amor eu desafio E tento alçar a paz.
142
Enorme cicatriz Há tanto construída Mostrando a minha vida E nela o que desfiz, O passo contradiz E gera nova ermida Aonde a despedida No fundo jamais quis, Restando desta aurora A luz que me decora E traz em plenitude O amor que tanto busco Embora em lusco fusco O clima não se mude.
143
Assim ao corroer A sorte de quem ama, A vida nega a chama E toma este poder, Quem dera poder ver A dita noutra trama E quando amor reclama Explode em bem querer, Vestindo esta promessa O sonho se professa E gera esta euforia, Mas logo em vão se aplaca E a messe ausente ou fraca Já não resistiria.
144
Ah! Quem me dera estar Vestindo este momento Aonde eu incremento O raro e bom luar, Vagando bar em bar Total alheamento Ausente pensamento Buscando te encontrar, Mas quando tu me vês A vida sem porquês Não deixa nem a sombra, A solidão se forma E tudo se transforma Enquanto em vão me assombra.
145
Sem ter esse meu céu Aonde quis o brilho Por onde este andarilho Seguindo sempre ao léu Vestindo este cruel Caminho onde palmilho, O corte, este empecilho Derrama farto fel E sei que depois disto O quanto ainda insisto Em nada proverá, Mas teimo contra a fúria E mesmo na penúria O amor me tocará.
146
Eu te quero e; portanto Nada mais me importa Abrindo a velha porta O passo até garanto E nisto não me espanto O barco então aporta A sorte não se exorta Nem mesmo um velho canto, Resquícios de um começo Aonde reconheço A queda era constante, Mas depois, doravante O amor toma a partida E muda a nossa vida.
147
Em todos os momentos Aonde pude ver A sombra do prazer Ou mesmo em desalentos A vida traz proventos E neles passo a crer No todo a me perder Tocado pelos ventos, Resumos do passado E nisto destroçado Caminho perpetua A sorte sob a lua Deitando em raio imenso No amor, eu me convenço.
148
Por que não retornaste Depois de tantos anos, A vida tem seus planos E nisto este contraste Por quanto sendo um traste Vivendo em meros danos São rotos os meus panos, O coração desgaste, Mas quero mesmo assim E luto até o fim Por um momento em paz, Que amor pudesse ainda Enquanto se deslinda Ou mesmo se refaz.
149
Sem teu amor, decerto O tempo não permite O quanto se acredite E nisto este deserto Agora em mim desperto E sei que necessite Do mundo onde palpite O risco em céu aberto, Vestindo esta ilusão E nela a direção De um dia mais tranqüilo O amor que tanto prezo E o sonho quase ileso Assim inda desfilo,
150
Eu sei que não terei Momento algum de paz No quanto for audaz A vida nesta lei Rezando eu encontrei O cais ou mesmo faz A sorte então compraz E nela eu me entranhei, Vagando sem ter rumo Aos poucos me resumo No verso que buscara, E a vida não mais clara Depois em desamor Traçando o dissabor.
151
Enquanto, em minha vida A sorte não vislumbra Adentro em tal penumbra A sorte decidida? Quem sabe do futuro Não vendo outra razão Encontra desde então O céu amargo e escuro, Mas tenho dentro em mim A força de quem ama, E tento nesta chama Chegando de onde vim Sorver em plenitude O amor que tudo mude.
152
Amar demais, loucura Que tanto me sacia E gera a fantasia Aonde se procura Quem sabe uma ternura E nisto em novo dia A face mudaria E nela esta candura Presume nova sorte E quando se comporte Da forma mais estranha Amor gerando a luz Além se reproduz E dita a nossa sanha.
153
Em tantas ilusões Ainda acreditara E nisto a vida amara Traçando em decepções Diversas dimensões E nelas se escancara A sorte onde se ampara Os tempos e emoções Expondo esta verdade No quanto a vida invade E gesta novo rumo, Aos poucos me percebo E sei quando mais bebo Amor mais eu consumo.
154
Será Meu Deus que é isso Que tanto procurava? Minha alma sendo escrava Em solo movediço Além do que eu cobiço A sorte maltratava E nisto não gerava Senão o olhar mortiço. Mas tendo dentro em mim Certeza de no fim Viver em amplidão O amor que me guiando Transporta desde quando Tomara este timão.
155
Perdão pelos meus erros Eu quero te pedir E sei que meu porvir Imerso em tais desterros Gerado por enganos E neles o tropeço Enquanto a dor mereço O tempo rompe os planos, E sendo assim eu tento Vencer o que vier No olhar desta mulher O brilho em sentimento, E tudo enfim se alcança Com toda a confiança.
156
Porém, se cada vez Que a dor bater na porta A sorte se comporta Como deveras fez Gerando a insensatez Amor nenhum suporta E tanto assim importa O que decerto vês. O rumo noutro tanto E sei quando garanto Um dia mais suave, E nele sem perguntas As almas seguem juntas Além do que as entrave.
157
Em atos mais insanos A vida não se faz Sequer traçando a paz Ao menos trama em danos Os riscos, desenganos O passo mais audaz O gosto não compraz E muda velhos planos Resulto deste tanto, Mas quando amor garanto E nele a serventia Vibrando em consonância Não vendo uma distância O tempo mudaria.
158
Vontade de voar Além do quanto pude E sei que esta atitude Transcende ao próprio amar, Mas nada mais ilude Quem sabe caminhar E vê neste lugar A imensa plenitude O corpo se transforma, Porém da mesma forma Amor jamais sossega, A vida noutra face Por mais que sempre grasse Ainda segue cega.
159
E as leves alvas alas Abertas neste céu O quanto fui cruel E agora nada falas, Mas sei quanto te abalas A vida em carrossel Girando sempre ao léu As sortes são vassalas, E sinto que talvez O amor em sua vez Redima qualquer erro, Depois dos meus pecados Dias iluminados Ausentes do desterro?
160
De tanto que esse amor Transforma a minha vida Não vejo outra saída Senão a de compor Com raro e bom sabor A sorte sendo urdida Na senda presumida E nela um raro albor, Restando o quanto quero E sendo mais sincero Não resta outro caminho, Viver junto contigo É tudo o que eu persigo Senão, melhor sozinho.
161
Deitando nesse braço Aonde já descanso Qual fosse algum remanso E nele o canto eu faço E sei do quanto traço Ou mesmo quando alcanço E assim deveras manso, Após a luta, e lasso Encontro finalmente E nisto se apascente O coração audaz De quem se fez descrente E agora mais urgente Procura pela paz.
162
Perco-me no amor, na Noite em lua tão clara Aonde se prepara E a vida coaduna Singrando qualquer duna Ao tanto se escancara E a sorte antes amara Não vendo quem a puna Recorre em luz sombria, Enquanto poderia Raiar em claridade, Mas quando em tanto amor A vida gera a cor, E o novo campo invade.
163
Nas águas revoltosas De rios onde eu vejo O amor sem teu desejo E nele também glosas Estradas majestosas E quando mais sobejo O céu em azulejo Procuro pelas rosas E tendo este canteiro E sendo um jardineiro Quem sabe eu possa até Vencer esta galé E ser e crer inteiro No amor que é feito em fé.
164
Amor tanta tortura E trama novo dia, Mas quando poderia Viver uma brandura A sorte não perdura E o gozo então se adia, Mergulho na sombria Vacância em noite escura. Aprendo com palavras E nelas também lavras A solidão, mas quero Amor que mesmo fero Não deixe de existir E tome o meu porvir.
165
Amor clara loucura E nele bebo a sorte Aonde se conforte O quanto se perdura E nisto esta brandura Ao mesmo tempo forte Impede qualquer corte E rege com ternura, Amor não mais sustenta A dita se sangrenta Ou mesmo em temporais, Gerando a paz apenas As noites mais serenas Transformam no seu cais…
166
Na delícia e magia De um sonho encantador Viceja em nós a flor Aonde poderia Haver a fantasia E nisto sem temor Adentro a paz do amor Que aos poucos se recria. Vestindo este momento Em paz eu busco e tento Singrar este oceano E nele na verdade O quanto amor agrade Não deixa qualquer dano.
167
A cada novo dia O todo se transforma E toma nova forma Assim se mostraria A sorte esta mutante E quanto mais se quer O amor sem ser sequer Quem tudo nos garante Adentro este portal E vejo em bom caminho E nisto eu me avizinho Do amor que sem igual Transborda plenamente E toca a vida em frente.
168
Fazendo da alegria O quanto ainda existe E nisto se consiste A luz de um novo dia, Aonde eu poderia Embora até se triste Saber no quanto insiste O passo em fantasia, O risco de saber Ausência de prazer Permite tão somente O manto solitário O rumo em adversário Caminho se apresente.
169
A solidão, por isso, Não tendo outra saída Encontra em tua vida O medo em tom mortiço O amor se movediço Prepara a despedida, Gerando outra ferida Perdendo qualquer viço; Mas sei do quanto posso Viver este que é nosso E jamais se perdeu Momento em plena festa E nisto já se empresta O amor que é teu e meu.
170
Não vamos deixar de Seguir esta corrente E quando se apresente O mundo onde se crê No todo e em seu por que Porquanto já pressente O manto mais freqüente Da vida onde se vê O brilho redentor De um claro e manso amor Jamais se faz inverso, No passo onde mergulho, Ausente pedregulho, Caminho em paz eu verso.
171
Roubamos da manhã O raio luminoso E assim num prazeroso Caminho vejo o afã E sinto esta malsã Tempesta em andrajoso Delírio doloroso Matando este amanhã. Porém no amor a sorte Que tanto nos conforte E gere novo alento Domando com certeza A vida em correnteza Tocando o pensamento.
172
Lutamos pelo amor E nada mais se faz Senão beber da paz Aonde é gerador E sinto encantador Caminho que ele traz Deixando para trás O medo e o dissabor, Erguendo no horizonte Olhar onde se aponte O tanto que desejo, Eu tento em teimosia Vencer esta agonia E amor pleno eu prevejo.
173
Sabemos, nele está O todo abençoado A vida em desolado Caminho não mais há E sei que desde já O risco demonstrado O tempo decorado No quanto brilhará Rondando a minha vida A sorte preterida Do amor que se perdeu, Quem sabe no futuro O dia tão escuro Esqueça deste breu...
174
O nosso amor vadio Não tendo solução Gerando desde então O quanto ora desfio E venço o desafio Se nele sempre vão As horas ou senão Adentro o duro estio, Mas tanto amor promete E nisto me arremete À glória soberana E traz a cada verso Cenário em universo Que nada mais engana.
175
Percorrendo as paredes Dos tantos prédios sigo E busco algum abrigo Deitando em novas redes, E sinto que não vens E deixo para trás O tanto que mordaz Gerasse novos bens, Desdéns e tempestades Já não suporto mais, E quero um novo cais E nele tanto agrades, Gestando esta emoção Moldando outro verão.
176
Uma doce paixão Fazendo a diferença E nisto se compensa Os medos desde então E sei da direção Aonde esta descrença Causara a desavença Dura desunião. Mas tendo amor em nós O quanto desta voz Aos poucos se amacia, Depois da tempestade A calmaria invade E traz um manso dia.
177
Não sabemos de inverno, Enquanto houver o brilho Da sorte onde palmilho Amor que sei tão terno Talvez não seja eterno, O peito este andarilho Por vezes perde o trilho E gera em mim o inferno, Mas quando houver amor E dele o resplendor Tramar a claridade, Certeza no meu peito No sonho quando deito Decerto agora brade.
178
Amando-te já sei Do quanto quero e tenho E sei também ferrenho Desejo onde trilhei E nisto mergulhei O amor em tanto empenho E mesmo quando venho Desvendo em ti a grei Que tanto quis outrora E o sol que nos decora Ainda brilha aqui, Amor sem ter promessa Enquanto se confessa Tramando o que pedi.
179
Gostoso como o mel O vento nos tocando Amor deveras brando Cumprindo o seu papel E assim sempre girando Eterno carrossel Riscando o que é cruel E o novo nos tomando Bebendo desta sorte Que tanto nos conforte E molde outro momento Aonde eu passo a ver As sendas do prazer E nelas me alimento.
180
Essa noite te quero E sei quanto isto eu posso No amor que sendo nosso Deveras é sincero Aonde outrora fero Agora não endosso Da paz enfim me aposso E tenho o que venero Caminho em mansidão Gerando este verão Por onde se percebe A imensa liberdade Rompendo qualquer grade Traçando nova sebe.
181
Em nosso amor vivendo O tempo mais feliz E nele se eu me fiz Sequer quero remendo Aos poucos percebendo O mundo por um triz Sorvendo e peço bis Do todo em dividendo Resumo a minha história Na vida em tal memória Aonde bem pudera Vencer a dor temível E ter um dia incrível Sem medo, dor quimera.
182
De plena juventude A sorte não mostrara Sequer esta seara Que ainda além me ilude E tanto quanto pude Vencer a funda escara Aonde amor prepara O tanto que transmude, O risco de sonhar O gosto de te amar Em ti minha maçã O beijo que acalenta Aplaca esta tormenta E dita outra manhã.
183
Com toda a fantasia Que pude então saber Vivendo sem perder O quanto me traria Em luz e poesia A sorte de um querer E nele poder ter A luz que levaria O brilho deste olhar Além do imenso mar, A fonte incomparável E nela dessedento Entregue ao forte vento Além do imaginável.
184
Eu quero te beijar Sentir nos lábios teus Os brilhos e apogeus Vontade de sonhar, E sei onde ancorar O barco imerso em breus Sem ter sequer adeus Ou mesmo mergulhar Nas ânsias desta sorte E tendo o que conforte Jamais quero viver Ausência de querer A vida sem seu norte, Matando em desprazer.
185
Sentindo teu perfume Aonde quis deveras As nossas primaveras E nelas se resume A vida que acostume Além destas esperas Marcando onde veneras Em claro e raro lume, No vento onde se aplaca A sorte gera a estaca E firma contra a fúria Negando o que inda resta Traçando além da fresta A vida sem lamúria.
186
Rolando nossa cama A mansidão aflora E tudo se decora Enquanto a vida clama E bebo desta chama E nada quero agora Senão a paz que ancora O amor quando se trama. Vencer os medos, pois E ter além, depois A plena consciência Do quanto é necessário O encanto em tom mais vário E nele a paciência.
187
Roubando uma alegria Que tanto quis e agora Eu sinto vai embora Ou toma novo dia, A sorte poderia Enquanto gesta a flora Beber o que demora E gestar fantasia, Mas tudo sendo assim Amor início e fim Da história que redime, Quem tenta este sublime Caminho sabe enfim Do quanto além se estime.
188
Eu quero estar contigo E nada mais me impede O amor quando concede A quem deseja o abrigo E traz o que se quer Nas ânsias mais audazes Assim também me trazes O rumo e se puder Saber deste amanhã E nele ser assim O manto já se fim A vida não malsã, E tendo esta certeza O amor gerindo a mesa.
189
Dormindo meu cansaço Nas tantas emoções E nelas tu me expões O doce e manso abraço, Assim a cada traço Diversas direções E nelas emoções Ou mesmo um novo passo Transcende ao que se quer E bebo sem sequer Pensar em seu sabor, Mas quando se permite Cenário sem limite Moldando pelo amor.
190
Prazer que em teu prazer Transforma plenamente E quando se apresente Deixando de saber O quanto do querer De nós já se pressente Ou mesmo quando ausente A fonte a se tecer Gerando a claridade E nisto a sorte invade E doma o pensamento No amor eu me fomento E beijo além do cais Desejos sensuais.
191
Formando assim nos dois Caminhos concordantes E quando me garantes O tempo no depois Eu quero e não pergunto Seguir em consonância A vida em abundância Deveras sempre junto De quem se quis um dia E tanto também quis E sendo mais feliz O mundo mostraria A fantasia imensa Que tanto nos compensa.
192
Prazer que nos delira E traz outro momento Aonde dessedento Ausente uma mentira Ao quanto se prefira A vida em tal alento Diverso sentimento E nele acesa a pira O corte, a sorte e o medo O tempo sem segredo O quanto quero em ti Viver eternamente O gozo que apresente E nele eu me perdi.
193
Suave e tentador Caminho aonde traço O rumo passo a passo E busco neste amor Vencer com esplendor E o canto não desfaço Além do mero abraço Um raio redentor, Gerando em luz intensa O quanto se convença E vença os mais sombrios Caminhos onde outrora A sorte que se ancora Matava com estios.
194
Quando te vejo, amada, Em tantas formas sei-o A fúria sem receio A luz em alvorada A sorte desolada O canto em devaneio, O amor se tanto alheio Ou mesmo até no nada, A força a reação Inverna-se em verão Tempesta num estio, E quando estamos, somos Diversos e unos gomos O todo em um recrio.
195
Começo imaginar O quanto pude outrora E sem saber se ancora Ou barco a navegar O tempo sem notar E logo vou embora, Porém quando demora Vontade de voltar E sei que na verdade O quanto nos invade Traduz a imensidão, Assim ao ser tão teu Meu mundo se esqueceu De rumo e direção.
196
Desnudo tua roupa O corpo tão bonito E assim te necessito O tempo não se poupa, E quero a cada instante Um pouco mais além E quando tanto vem O mais que se adiante E vejo em brilho raro A imensa maravilha Seguindo cada trilha No cais distante paro Enquanto nesta rota Distância não se nota.
197
Em minha fantasia Pudesse acreditar No quanto a te entregar Bem mais do que podia, E tento esta utopia Ou mesmo até tocar Com olhos, pés o mar E ver farta alegria Aonde pude tanto E agora me agiganto Teimando em mesma senda A sanha se repete No amor que se reflete E o tempo em paz desvenda.
198
Imagino qualquer sonho Aonde um dia possa A sorte que remoça O tempo onde componho O verso mais risonho O mato, o prazo e a roça A sombra que se acossa O canto onde me ponho O peso a plantação O medo a assombração E o colo desta que amo Regaço em bom carinho Das ânsias me avizinho Vassalo sou teu amo.
199
Que traz tanta alegria O olhar abençoando E pouco se notando Além do que podia A noite em sincronia O peso em contrabando O risco renegando O passo onde daria A paz a praça o banco Passado não desbanco E vivo apenas disto, Do sonho que se guarde Da vida sem alarde Do amor aonde insisto.
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Nos rumos mais divinos Por onde quis sentir As tramas do porvir Ou ritos cristalinos E sei quantos meninos Em mim a presumir Passado que há de vir Mesmo em dobrar de sinos. Não tendo outro caminho Amor eu adivinho E tento sem descanso Porquanto sou feliz Ou mesmo até o quis, Ao fogo já me lanço.
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Amor tão infinito Que posso até tocar E ver ao deslumbrar Do quanto necessito Resumo em prece e rito Buscando a luz solar E vejo naufragar O tempo mais bonito, Mas quero amar e disto Jamais enfim desisto E nada me impedindo O risco se anuncia E acerto a pontaria E em ânsias raras brindo.
202
Vagando nesse mapa Sem ter qualquer promessa O tanto se confessa E nada mais escapa Levado pelo sonho Aprendo a direção E desta embarcação O cais quero e componho Cerzindo em mar imenso Qualquer local, o atol, O canto em arrebol O amor que tanto penso E o risco, o rito e a rima A voz em paz se prima.
203
Decoro cada rota E sei do seu perigo E quando ali prossigo O medo não se nota O tempo se denota E nele estou contigo Vivendo o que persigo Caminho não desbota, Resumo em tanto amor O parto, o medo e a flor A senda desejada, Mal posso
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