Sem nome

Data 20/07/2010 00:32:35 | Tópico: Poemas

O poema nasceu sem nome
Órfão de alegria
Filho da solidão
Meio irmão da fome

Quase cego nasceu
Posto olhos à fora
Porém, noite à dentro
Nem sei se viveu

Quase morto nasceu
Já solto em qualquer esquina
Tão pequenino e frágil
E já lhe cobravam as rimas

Quase que nem nasceu
Deveria nem ter nacsido
Ninguem sabe ao certo
Como pode ter resistido

E de tão sozinho
Nem sei se nasceu ou se foi expulso.


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