Escorre-se-me nas veias Este frouxo alento Vírus embriagado na minha dor A intensificar-me o desejo
(Sim, este forte implante, cravado em mim)
Há um portal no mundo E um nome à espreita Há uma hora tardia E um tempo já morto Há uma noite aberta Onde me estendo ao comprido
Espero-te no início de tudo E quero-te: Meu princípio Meu fim Na soma do mundo
(Tenebrosos os gentios que me deixam só, no Universo)
Um mundo Que me é o inverso A cair-me madrugada Um mundo Em puro devaneio É dor da minh’alma Um mundo Que me esquece Na flor que brota dos montes
(Alecrim benfazejo, à espera do sol da manhã)
Escorre-se-me por dentro Este frouxo alento Que me tem Só…sempre só Até ao último suspiro
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