
Decadência
Data 21/07/2010 22:49:51 | Tópico: Poemas
| Decadência No tempo que passa e descai, Decadência Na teimosia Insistência Que teima em teimar!
Não me venham cantar De pala no olho Do orgulho de outrora, Dos amores de Alcácer-Quibir E dos pinhais fantasmagóricos Que surgem aqui e ali, Como gangrena sonolenta.
Se é cantar por cantar, Cantem a decadência de hoje Que o efeito é semelhante Ao passado decadente Que caiu hoje Por estas bandas.
Deixem-no escorrer Para deitar a sua essência putrefacta Sobre nossos corpos, Para gáudio de ninguém, Que toca piano lá em cima, No sol dançante, Aguardando a nossa chegada.
Podiam ser amores, Países, Cicatrizes de um chão fechado Por abrir. É simplesmente redundância Do nada repetido Até à exaustão, Cantado até à podridão, Para todas as causas, Intenções E acções destas terras D´el Rei Ninguém!
|
|