Dimensões XIX - Amizade

Data 24/07/2010 18:02:53 | Tópico: Mensagens

Os caminhos que se cruzam, deixam marcas que se querem perfeitas indo directas ao centro onde se encontra o fiel destinatário. Esse, será sempre merecedor de um registo mais ou menos próprio e de um timbre revelador, de que a mensagem chegou intacta ao seu destino, sem falhas nos dialectos utilizados. Se porventura eu me distrair, perante os movimentos que meus olhos dão, certo será, que todos os outros ficarão com a cara no chão e os olhares que se movimentam numa única rotação, serão sempre, e para sempre, revelados pela força que as palavras lhe dão. Vou aqui deixar um pequeno registo de como te sinto, que por certo, não será como te vês, meu amigo, mas mesmo assim arrisco… Se me aprouver fazer uma mera identificação, ficarei por isso mesmo, mas por agora são as tuas palavras, que me dão o teor necessário para que te sinta nas tuas palavras, sendo estas, uma realidade que me prende à leitura de ti e ao mesmo tempo, á sempre satisfação ao estar aqui junto a elas. Elas são o que de ti recebo e isso é um bem. Assim sendo, tu o serás também, e, quem assim escreve, só poderá ser alguém que muito foi, é e pretende ser na vida que lhe resta, e isso nunca poderá ser um acto solitário, porque a solidão só é, quando já nada temos para dar. Sempre que me escreveres, tentarei da maneira que sei, responder. Poderás tu nem entender porque o faço, assim como poderei eu, não entender porque tu o fazes, mas o certo é que isso nos dá prazer e são sempre estes momentos de prazer que fazem de nós, seres viventes na “terra de ninguém”.

A minha escrita, não a creio muito dada e simetrias e/ou categorias. Considero até, que nada tem de especial, a não ser o que lhe empresto/dou de mim. Isto fez-me lembrar um tema… Interessantes os temas que abordas, deixando a nu muito de nós e do que nos toca. Gosto deveras disso, e será sempre a minha visão sobre a tua pessoa; alguém que tem muito para dar a quem quiser receber. Eu deste lado te digo, que é meu interesse receber, mas quando entenderes tu daí, que o que recebes já não é proporcional ao que dás, não te inibas de seguir o teu caminho. Já deu para entender que em matéria de bem direccionar as palavras tu és mestre.

Obviamente, que tento sempre manter um contacto mais estreito com as pessoas que me estão mais próximas. Penso que somos um pouco parecidos, em alguns pontos que referiste. Sobre o amor, senti-me bem confortável nas tuas palavras, talvez por me rever em tempos idos e não tidos, e por me sentir bem no meu papel de mulher, aquele que desempenhei ao longo do tempo com todos os seus reveses e que tiveram alterações muito significativas, fruto da minha segurança enquanto procura absorvente para mudar. Mas, agora quando o tema surge em conversa, eu já não tenho pachorra para ouvir frases feitas e definições mais que gastas que só servem para banalizar cada vez mais, esse sentimento que nos move, e pergunto: “Mas afinal o que é isso do Amor?” Mas gosto de sentir que Amo, que me apaixono, só isso me faz sentir a desejada alegria e acordar sempre com um novo sorriso para a luz do dia.

De uma mulher, para um Homem amigo


(gosto-te)



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