Um Xi-coração

Data 29/07/2010 22:32:36 | Tópico: Crónicas


Tenho sentido que me ando a repetir, em perigos e guerras esforçado nesta demanda em que me vi envolvido sem o pedir, e para não me repetir quer em resposta a comentários de textos, quer a textos de outrem vou clarificar aqui a minha posição para que não restem dúvidas.
Insultei neste site uma vez, uma pessoa cujo nickname era RODOLPHO e voltaria a fazê-lo a ele e qualquer um que viesse com o estilo com que ele veio para aqui confundindo este site com um “red-tube” de baixa categoria. De resto desafio aqui quem quiser, a colocar (mesmo que por PM) qualquer insulto que tenha proferido individual ou colectivamente a qualquer usuário deste site ou em todo o universo da internet.
Posto isto é tempo de dizer que sempre fiz crónicas versando os mais variados assuntos e uma corrente de crónica que me é cara é a critica de costumes e sempre o fiz, desde os temas religiosos, políticos e sociais sem qualquer tipo de pejo. É claro que estando inserido aqui acabamos por criticar este ou aquele comportamento, sempre de uma forma geral e não vinculativa a um individuo, e depois quem quiser enfiar a carapuça, faça favor. Ao criticar estou aberto à critica, não precisa sequer ser construtiva, pode ser mesmo de afronta desde que dentro dos limites da educação e do civismo, nos mesmos moldes em que o faço, aceito, às vezes nos limites do verrinoso.
Mas uma crónica de escárnio é mesmo assim, nos limites, recorrendo aos exageros e às imagens que mais ridicularizem o objecto em causa. E é como tudo na vida, uns gostam, outros nem por isso e depois temos a classe dos eternamente perseguidos que se acham sempre vítimas de tudo e personificam a triste sina portuguesa que não é capaz de aprender com os próprios erros. Normalmente destituídos de uma cultura abrangente acham que já não têm nada a aprender, ou porque são velhos ou porque acham que já sabem tudo e dominam o mister da escrita sem aceitar a mínima crítica ou contraditório. Eu não me acho dono da verdade, não me acho um grande escritor ou poeta, não me acho sequer escritor e poeta, não tenho essa arte, posso ter o “feeling” mas não tenho o dom. Não o digo por falsa modéstia, digo-o porque creio mesmo nisso e por tal nunca procurei editar e se o quisesse fazer era fácil, pagava a edição e já está, que aqui todos sabemos como isso é simples, não edita quem tem talento, edita quem paga salvo honrosas excepções que não quero cometer injustiças mesmo entre os que injustamente pagam, mas isso são contas de outro rosário. O que eu considero é tão só que as pessoas que se sentem atingidas pelo sortilégio de uma crónica minha que o diga sem problema e sem medo que eu não o mando tomar nescafé, nem lhe chamo parvalhona, nem deixarei que alguém o faça na minha página. E não me venham falar de grupos e grupinhos, o meu grupo sou eu, quando falo é em meu nome e só meu. É claro que tenho aqui pessoas com quem me dou mais que com outras, com quem me identifico mais, que até conheço e convivo socialmente e isso é normal, ou não? Aqui há uns tempos escrevi uma crónica em fazia uma resenha crítica dos grupos a que chamei jocosamente “lobbies”. Eu sou capaz de ler aquilo e inserir-me num desses grupos, e sabem porquê? Porque tenho capacidade de encaixe, sentido de auto-critica e isso acreditem, faz de mim uma pessoa melhor. Sou capaz de me rir de mim mesmo, mas também capaz de (tentar) fazer rir sobre os outros.
Eu vou continuar a escrever as minhas crónicas, quando quiser falar sobre o “xi-coração” terei o meu filho de 5 anos a insultar-me? Não, tenho a certeza que não, os meus filhos têm berço, e por berço refiro-me a educação. Já não posso dizer o mesmo de muitos usuários deste site.
Hoje disseram-me:” Somos farinha do mesmo saco por isso somos HUMANOS a maior besta da humanidade.” Devia ser a maior besta da natureza mas eu percebi o sentido, isto para dizer, correcções à parte, mais bestas seremos senão usarmos a nossa exclusividade natural de seres inteligentes para pensar, e sermos capazes nesse exercício, de um estrito sentido de auto-critica, e ao faze-lo porque não rirmo-nos de nós próprios?





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