SALGADOS CRISTAIS

Data 30/07/2010 21:22:09 | Tópico: Sonetos


Sombria a malva manhã ainda hesita
iluminar o que dizer querias.
Gélida a face em mármore seguias
sem que a neve pena de amor derreta.

Senhor, dói-me! Culpa não tens de tanta
amargura encontrar noites e dias.
Nada deves por ver nostalgias
d’alma agonia que a teu amor espanta.

Escorrem cristais... No silêncio o fim
pela pena sentenciado entendi.
Enlouquecida sopra a brisa: “sim!”

q’eu, Alma Sofrida, teu Amor não perdi.
Se tua dita Amorosa tendes a mim,
grita, Poeta, que morro por ti.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=144150