Naamah

Data 13/08/2010 21:21:57 | Tópico: Poemas

Singra sobre as profundezas, o argonauta
Flainando no vento glaciar pelo temporal.
Na ribalta avulta-se uno corpo celestial,
Um sibilar seráfico duma insípida pauta.

Na noite em que desvela a superfície,
Quão frívolo se revela esse leme gris!
Entre vagas de nuances, a parda matiz
E um siroco sem chances em calvície.

Oh! Ciclone tornado…
Alija-o desta brisa… Querubínica.
Oh! Mísero tornado…
Olvida-o desta cacimba… Anímica.

Os filhos de Lucy só tangerão no futuro.
Lá… Onde jazem como perdidos tesouros,
Vivem e morrem desconhecidos agouros.
Lá… No inexplorado sublime soturno.

Não é aqui! É lá o seu tugúrio!
Lá… Onde a alta gravidade eleva.
Onde a baixa temperatura evola.
Não é aqui! É lá o seu túmulo!

Trepidam, não ousam afundar-se…
Nem Naamah, possuindo sem desejar!
Para quê pela sua possessão obsidiar?
Aterra o terror onírico! Sinistro vórtice!



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