Poemas : 

Naamah

 
Singra sobre as profundezas, o argonauta
Flainando no vento glaciar pelo temporal.
Na ribalta avulta-se uno corpo celestial,
Um sibilar seráfico duma insípida pauta.

Na noite em que desvela a superfície,
Quão frívolo se revela esse leme gris!
Entre vagas de nuances, a parda matiz
E um siroco sem chances em calvície.

Oh! Ciclone tornado…
Alija-o desta brisa… Querubínica.
Oh! Mísero tornado…
Olvida-o desta cacimba… Anímica.

Os filhos de Lucy só tangerão no futuro.
Lá… Onde jazem como perdidos tesouros,
Vivem e morrem desconhecidos agouros.
Lá… No inexplorado sublime soturno.

Não é aqui! É lá o seu tugúrio!
Lá… Onde a alta gravidade eleva.
Onde a baixa temperatura evola.
Não é aqui! É lá o seu túmulo!

Trepidam, não ousam afundar-se…
Nem Naamah, possuindo sem desejar!
Para quê pela sua possessão obsidiar?
Aterra o terror onírico! Sinistro vórtice!

 
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Enviado por Tópico
Inspiração_Estelar
Publicado: 13/08/2010 21:50  Atualizado: 13/08/2010 21:50
Da casa!
Usuário desde: 14/05/2010
Localidade: Portugal
Mensagens: 330
 Re: Naamah
Citando:
Trepidam, não ousam afundar-se… Nem Naamah, possuindo sem desejar! Para quê pela sua possessão obsidiar? Aterra o terror onírico! Sinistro vórtice!


Belo poema! Levo-o para mim...

Beijinhos

Inspiração

Enviado por Tópico
SerafimdosSantos
Publicado: 13/08/2010 21:51  Atualizado: 13/08/2010 21:51
Super Participativo
Usuário desde: 04/07/2010
Localidade: Brasil.
Mensagens: 119
 Re: Naamah
Fica entao meu comentário, poema de uma sensibilidade singular. parabens!