O ANEL

Data 06/09/2010 17:24:22 | Tópico: Sonetos

Lá se vão meus anéis dos dedos gastos
Palidamente sem o polir d’aventura
Sonhos vem e vão das amarguras
São como sonetos sem os traços

Gente que por fim deles arrancou
De poeira seguem como barcos
Náufragos nos tristes charcos
São assim meus versos de amor!

Luas negras sem o sol por perto
Floridas em lunações sem teto
São assim meus versos delicados!

Vão-se os anéis e ficam meus dedos
Cobertos pelos belos arvoredos!
Segue minha poesia em finos vasos!


Ledalge, 2010


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