Sonetos : 

O ANEL

 
Lá se vão meus anéis dos dedos gastos
Palidamente sem o polir d’aventura
Sonhos vem e vão das amarguras
São como sonetos sem os traços

Gente que por fim deles arrancou
De poeira seguem como barcos
Náufragos nos tristes charcos
São assim meus versos de amor!

Luas negras sem o sol por perto
Floridas em lunações sem teto
São assim meus versos delicados!

Vão-se os anéis e ficam meus dedos
Cobertos pelos belos arvoredos!
Segue minha poesia em finos vasos!


Ledalge, 2010


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 06/09/2010 19:13  Atualizado: 06/09/2010 19:13
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 Re: O ANEL
Fiquei alegre com tua volta. Sinal que escapaste da indesejada de todos. Gostei do soneto do anel.

abraços