amor

Data 09/09/2010 22:21:34 | Tópico: Poemas

a chuva no intervalo de nós molhava o pensamento, montado nas razões como legos de papel, caixinhas de preces a aprisionar vazios, desesperos inspirados, pausas beirando o precipício. cada um do seu lado puxando fios, desmanchando o tempo, a chuva, a nuvem à frente dos olhos, os braços à frente empurrando o escuro da angústia. o soalho rangia sob o fogo dos passos inseguros no caminho para o portal dos abraços. eram tantos os braços agora que subiam escada acima a emoção que ser um só não bastava, teriam de desaparecer um dentro do outro.


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