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 Crítica ao voto e voto ao críticoData 28/10/2010 09:15:19 | Tópico: Poemas
 
 |  | Ao acordar, de uma noite que quase nem durmi, me senti emocionado, com esperança de mostrar o quanto, naquele dia, estava eufórico e animado;
 e não era por menos, pois exerceria prazeroso a máxima como cidadão,
 a atitude mais respeitosa que findava, logo, aquela eleição.
 Nesta, percebi o quanto tentam, com falsas ideias e mais lhe subornar,
 exigir o que é, nesse cenário, o mais expressivo ato, o de votar.
 
 
 Estudados, portanto, os encarregados para comandar nosso país,
 depois de buscas infindas pelos deveres políticos e civis,
 pude encontrar aqueles com ideal apresentável e mais condizente,
 merecendo, pós-análise crítica, meu voto tranquilo e conciente.
 Confesso o tamanho prazer que tive ao ouvir o sinal que confirmava,
 da urna branca e eletrônica, com um som harmonioso na qual soava.
 
 
 A espera dos resultados conseguiu trazer ainda mais apreensão,
 e divulgados os números, veio também outro sentimento: a decepção.
 Como pode tantos impróbidos serem eleitos facilmente pelo povo?
 Não passa em suas cabeças que toda a corrupção pode se repetir de novo?
 Só posso acreditar numa banalização ou desconhecimento sobre o dever;
 todos usufruem da campanha circense, e das propostas não há por que saber.
 
 
 A ação de votar não deveria ser feita por interesse individual,
 coisa recorrente, e sim pensando numa esfera muito além, a social.
 Entretanto, se não sabemos o que é isso, não há como agir assim:
 com primor de mentes decididas, interligadas entre elas, enfim;
 mas, tristemente, a massa majoritária ainda é alienada, sufocada,
 e, se não bastasse, num mar de prazeres idiotas, vive, ainda, mergulhada.
 
 
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