
Incorporal
Data 25/11/2010 23:49:16 | Tópico: Poemas
| Eu Ilícito No escuro Me consumo… A respirar a meio prazo do tempo Que em fim, assim incerto me findo. Que venta Cinza Leve…escurecida Desaparecerão continentes Até á morte da partícula Ínfima, Asfixia Que termina em coroa Lágrima Canto e Bandeira Cravada na terra. Acarreto Assim, Cafés, cigarros Jardins… A mão e o seio Invisíveis como A memória e o cheiro. Equacionada A hora, Do ser, de não ser Metafísica Divisível Sem resto Do absoluto que sou Na subtracção do transpirar Dias, certos e finitos. Aqui onde não me importo Com o segundo, a fracção, O milésimo do minuto, De nada que em nada já resto. Incógnito ainda devoro, Trapos do tempo que mói Que dói Ri Expira e inspira O universo em vazio, Onde já só… A metamorfose do som Silencia o corpo Em contrato De termo certo Irrevogável e eterno. Já sem o querer Que sinto do tacto Em vontade de ter Meu amor em adeus Espinhos de rosa, Tílias espalhadas, Urtigas dormentes No chão do meu fim… Graça a minha A deus, não crer, E desaparecer desta face Sem julgamento divino Frio e erecto… Homem sem culpa, Que termina em coroa Lágrima Canto e Bandeira Cravado na terra.
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