
Muda de ano outra vez
Data 31/12/2010 19:36:48 | Tópico: Poemas
| Há um ano que adormece Na margem onde outro acorda
São os sabores duma época Orientados na demorada esperança
Vêm as passas do contentamento De um desejo pedido no íntimo
Há uma noite que enlouquece Quando ao relógio se dá corda
Batem-se tachos e panelas com a moca Excitando sobremaneira a vizinhança
Um ruído carismático em divertimento Causa um rubor global óptimo
Naqueles minutos tudo acontece Numa alegria que num repente transborda
Muitos saem à janela da sua toca Numa atitude sem ter semelhança
Fica para o novo ano o lamento Daquilo que o velho deixou para o próximo
Alegrem-se todos… gente nossa Numa festa de grande empatia Que caia chuva da bem grossa Desde a noite até ao raiar do dia
Saltem foguetes de esperança Em apoteose bem ensaiada Preparem o ritual da festança Façam a festa grande e vibrada
2010 está morrendo Mas ainda não pereceu 2011 já vai nascendo Onde o outro cá viveu
António MR Martins
2010.12.31
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