 
  
    	BOMBA CUPIDO
    	Data 06/01/2011 12:43:53 | Tópico: Poemas
 
  |  Senti-me estranho de repente, deixo que esta caneta me tente, encaro as palavras frente-a-frente e perco controlo lentamente. Eufemismos para o que o coração sente, que se infesta na minha mente e se reflecte em toda a gente.
  Não me deixo levar frequentemente mas a minha mão ficou quente.
  Sinto pulsação no esófago, só me resta ter estômago para conseguir escrever sobre o que não quero ver, sentimento que não quero ter, outra desilusão e sofrer para me lembrar antes de morrer.
  Os beijos que trocamos e roubamos, as horas que falamos e pensamos e os momentos que gravamos e recordamos.
  Tudo acaba da mesma maneira e nasce a eterna barreira. Criada pelo imaginário mas mais real do que o calendário.
  Horas de silêncio aumentadas por fotografias queimadas, são dores sincronizadas que restam agora acabadas nestas letras retratadas, as tentativas falhadas, dessas vidas temporizadas e pelo cupido violadas. 
  |  
  |