Ruas, nuas
Data 13/01/2011 14:23:29 | Tópico: Poemas
| No olhar perdido de uma esperança vazia Nasce a dormência infame, desaustinada Rolam gotas de fome séria, gritante Engolem-se perguntas de resposta adiada Secam-se as vozes, por serem demais Perde-se o passo em cada passada Torna-se a dar, à vida, um dia mais Vende-se o tempo a troco de nada Quem te fez assim? De sorriso no chão De olhar altivo e moedas na mão Quem te trocou pela ida ao cinema? E balbuciou, …é pena, é pena... Quando a indiferença me calar o amor E um olhar leviano me dançar pelo ar Lerei nos teus olhos, secos, e rasos de cor Palavras nobres que tardam em passar …que pena… que pena perderes o amar.
RuiSantos
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