
Só mais um copo de absinto
Data 15/01/2011 18:35:13 | Tópico: Poemas
| Lágrimas de dor, espelho de minh'alma, destruida e enfraquecida. Corrompida por mais um copo de absinto, que me faça esquecer todo o mal que por dentro sinto. O ardor no peito, restos de um coração despedaçado, vitima de um amor condenado. Condenado ao fracasso, à inglória, ao insucesso... O desespero por mais um gesto. Nem que um abraço de espedida, que me dê uma certa garantia, um momento de magia. A renovação da saudade, a esperança de que nunca acabe. Recosto-me a um canto, numa sala vazia, maior desde que partiste, enorme desde que sumiste. Caio na tentação, álcool percorre a minha garganta seca, queimando memórias perdidas, limpando recordações sentidas. Apodera-se de mim a noite, voltando apenas na renovação de mais um dia, numa manhã negra e fria, que do Inverno emerge sombria. Pontadas fortes no cérebro... Quem sou eu? Que fiz eu? Passado que jaz na memória, que um dia voltará do esquecimento, cheio de mágoa e recessentimento. Mas que por agora está escondida, à espera do momento certo para o seu renascimento.
Fernando Teixeira Para mais
www.teoria-ancestral-escrita-proibida.blogspot.com
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