É ESTE O LUSO QUE EU AMO

Data 29/01/2011 14:37:51 | Tópico: Textos -> Esperança

Eu sempre gostei do Luso Poemas, pois que foi com todos aqueles que o compunham e que ainda hoje uma grande parte por cá estão, que aprendi muito.
Em poesia, aprendi o que pude, pois que não me considero um intelectual, digo em toda a simplicidade, pois que é a verdade.
Houve até quem se aproveitasse da minha franqueza, para considerar fraqueza, não, uma coisa nada tem a ver com a outra.

Sempre me bati também, pela igualdade de direitos e deveres. Nós somos como somos, uns melhores e outros piores, mas a sociedade é assim formada, cada um nasce com o seu destino traçado e quer queiramos ou não, não há volta a dar. Pode se ser instruído, mas a inteligência essa, não progressa, mantém-se, mas desenvolve-se o conhecimento.

Inscrevi-me no Luso no dia um de Dezembro de 2007. Dias passados, verifiquei que havia aqui muitos bons autores, muitos bons poetas, esfreguei as mãos de contente pois que sabia que mal grado as minhas limitações, eu poderia aprender e muito mas o que eu pensei ultrapassou as minhas ideias.
Vim para França em 1970, devido à minha profissão, tinha necessidade de aprender o Francês, e o meu tão querido português, como se diz tão bem em Portugal, deu o badagaio, começou por nem português nem francês.
Em seguida, em francês progredi, em português, retrocedi.
Ora, isso devo muito ao Luso Poemas e a todos vós, pois que em poesia não avancei muito, sim, um pouco, mas em português voltei aquilo que era antes de vir para França.
Tempos depois, algumas semanas, pude verificar que havia “guerras” no Luso, pois que havia quem defendesse que o Luso deveria de ser um site para os bons, os maus não tinham lugar.
Bati-me sempre contra tal ideia, pois que acho que um sitio que não é nosso, não temos o direito de impor regras, isso pertence ao administrador.
Tinha conseguido amizades, que com o tempo e com a minha maneira de ser, perdia-as, fiquei triste mas qual importância? bati-me como me bati por outras coisas muito mais importantes, não no Luso, mas fora dele.
Hoje, abro a Internete e não são as noticias do Mundo que me interessam, essas vêm em segundo plano, mas sim o Luso, que querem? amo a minha mulher e o maior prazer que tenho na vida é abrir os olhos pela manhã e a ver em primeiro, os meus filhos e os meus nétinhos e os meus bisnétinhos não vivem comigo, estão longe. Mas o Luso, meus amigos.... é tomar o café e catrapumba, Internet e Luso Poemas, pouco importa a hora em que me barbeio e tomo a minha banhoca, não, em primeiro está o Luso.
Sou senil como alguém de instruído (tenho duvidas) já me chamou? Não! O Luso é a minha droga e agora mais do que nunca. Depois de me ter batido pela paz neste nosso cantinho, abro o Luso e que vejo eu? Poemas de amor, poemas de reflexão, poemas de dedicatória e nem uma palavra grosseira nem uma provocação, mas tudo naturalmente de amizade.
Visito o Fórum e que vejo? Parabéns a você, apresentação de vários livros, e nem uma provocação e porquê esta mudança? Sei que todos sabem o porquê.
É este o Luso pelo qual sempre sonhei e criei inimigos, um Luso de poesia, grande poesia, media poesia e pequena poesia, mas o Mundo é assim formado, há quem tenha mais de dois de metros de altura e os que não passam de setenta centímetros e depois? Vamos matá-los porque eles nem sequer fazem a média?
Eu sei, eu sei, há quem me vá dizer que fui malcriado e até é verdade, mas não tive razão de o ser?

Uma abraço a todos

A. da fonseca



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