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É ESTE O LUSO QUE EU AMO

 
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Eu sempre gostei do Luso Poemas, pois que foi com todos aqueles que o compunham e que ainda hoje uma grande parte por cá estão, que aprendi muito.
Em poesia, aprendi o que pude, pois que não me considero um intelectual, digo em toda a simplicidade, pois que é a verdade.
Houve até quem se aproveitasse da minha franqueza, para considerar fraqueza, não, uma coisa nada tem a ver com a outra.

Sempre me bati também, pela igualdade de direitos e deveres. Nós somos como somos, uns melhores e outros piores, mas a sociedade é assim formada, cada um nasce com o seu destino traçado e quer queiramos ou não, não há volta a dar. Pode se ser instruído, mas a inteligência essa, não progressa, mantém-se, mas desenvolve-se o conhecimento.

Inscrevi-me no Luso no dia um de Dezembro de 2007. Dias passados, verifiquei que havia aqui muitos bons autores, muitos bons poetas, esfreguei as mãos de contente pois que sabia que mal grado as minhas limitações, eu poderia aprender e muito mas o que eu pensei ultrapassou as minhas ideias.
Vim para França em 1970, devido à minha profissão, tinha necessidade de aprender o Francês, e o meu tão querido português, como se diz tão bem em Portugal, deu o badagaio, começou por nem português nem francês.
Em seguida, em francês progredi, em português, retrocedi.
Ora, isso devo muito ao Luso Poemas e a todos vós, pois que em poesia não avancei muito, sim, um pouco, mas em português voltei aquilo que era antes de vir para França.
Tempos depois, algumas semanas, pude verificar que havia “guerras” no Luso, pois que havia quem defendesse que o Luso deveria de ser um site para os bons, os maus não tinham lugar.
Bati-me sempre contra tal ideia, pois que acho que um sitio que não é nosso, não temos o direito de impor regras, isso pertence ao administrador.
Tinha conseguido amizades, que com o tempo e com a minha maneira de ser, perdia-as, fiquei triste mas qual importância? bati-me como me bati por outras coisas muito mais importantes, não no Luso, mas fora dele.
Hoje, abro a Internete e não são as noticias do Mundo que me interessam, essas vêm em segundo plano, mas sim o Luso, que querem? amo a minha mulher e o maior prazer que tenho na vida é abrir os olhos pela manhã e a ver em primeiro, os meus filhos e os meus nétinhos e os meus bisnétinhos não vivem comigo, estão longe. Mas o Luso, meus amigos.... é tomar o café e catrapumba, Internet e Luso Poemas, pouco importa a hora em que me barbeio e tomo a minha banhoca, não, em primeiro está o Luso.
Sou senil como alguém de instruído (tenho duvidas) já me chamou? Não! O Luso é a minha droga e agora mais do que nunca. Depois de me ter batido pela paz neste nosso cantinho, abro o Luso e que vejo eu? Poemas de amor, poemas de reflexão, poemas de dedicatória e nem uma palavra grosseira nem uma provocação, mas tudo naturalmente de amizade.
Visito o Fórum e que vejo? Parabéns a você, apresentação de vários livros, e nem uma provocação e porquê esta mudança? Sei que todos sabem o porquê.
É este o Luso pelo qual sempre sonhei e criei inimigos, um Luso de poesia, grande poesia, media poesia e pequena poesia, mas o Mundo é assim formado, há quem tenha mais de dois de metros de altura e os que não passam de setenta centímetros e depois? Vamos matá-los porque eles nem sequer fazem a média?
Eu sei, eu sei, há quem me vá dizer que fui malcriado e até é verdade, mas não tive razão de o ser?

Uma abraço a todos

A. da fonseca


SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
http://sacavempoesia.blogspot.com em português
http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans
http://a...

 
Autor
Alberto da fonseca
 
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Enviado por Tópico
Angela.Rolim
Publicado: 29/01/2011 15:14  Atualizado: 29/01/2011 15:14
Colaborador
Usuário desde: 11/11/2010
Localidade:
Mensagens: 1160
 Re: É ESTE O LUSO QUE EU AMO
Eu gostei muito desta sua partilha, pois estou no Luso há pouco tempo e não conheço muito do que se passa aqui. A mim o que importa é ler e escrever poesias e me relacionar bem com as pessoas respeitando-as exatamente como elas são. Tenho o meu modo de ser, quero ser respeitada e por isso respeito a todos. Acho que todos nós somos eternos aprendizes e que ninguém é melhor que o outro por ser supostamente mais instruído. Eu lhe deixo um abraço e lhe desejo um bom final de semana!


Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 29/01/2011 15:30  Atualizado: 29/01/2011 15:30
Usuário desde: 07/08/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 16070
 Re: É ESTE O LUSO QUE EU AMO
Eu já gostava de você, Alberto. Agora com esse texto gosto mais ainda. Identifiquei-me com cada linha que está aqui escrita. Parabéns por se desvendar assim, gratuitamente, e se expôr em prol do coletivo. Foi uma linda declaração de amor à poesia e ao site. Mais uma vez parabéns pela coragem, pela humildade e pela clareza decantada. Um forte abraço, meu querido... Amigo!


Enviado por Tópico
PROTEUS
Publicado: 29/01/2011 16:01  Atualizado: 29/01/2011 16:01
Colaborador
Usuário desde: 27/03/2010
Localidade:
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 Re: É ESTE O LUSO QUE EU AMO
Em nome dos que se consideram aprendizes, agradeço as suas palavras...
Vou confessar... Não conte a para ninguém... Mas eu, abro o Luso várias vezes durante o trabalho...
Gosto do que leio e até mesmo gosto do que não gosto...
Obrigado por fazer parte desse mundo.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/01/2011 17:12  Atualizado: 29/01/2011 17:12
 Re: É ESTE O LUSO QUE EU AMO
Gostei muito do seu texto. Realente, apesar de estar há ligeiramente pouco tempo no Luso, também já me prendi aos seus encantos, a esta partilha, a esta leitura, a este constante evoluir, até porque ninguém se deve considerar superior a ninguém, pois todos devem ter iguais oportunidades para crescer como escritores, ainda que amadores.
Cumprimentos sinceros,
Célia


Enviado por Tópico
AuroraRosado
Publicado: 29/01/2011 18:48  Atualizado: 29/01/2011 18:48
Colaborador
Usuário desde: 18/03/2010
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 Re: É ESTE O LUSO QUE EU AMO
Admiro a sua frontalidade. Já o leio há muito tempo e já percebi que é algo que o caracteriza. Parabéns por continuar por cá, apesar de alguns reveses e da prepotência de alguns. O Luso é um grande "self-service" poético: cada um "come" do que quer - de preferência sem desdenhar do que não quer.
Um abraço