É tarde...

Data 10/02/2011 18:08:49 | Tópico: Poemas -> Esperança

É tarde e leio nas veredas e nos campos
Desbotados arremates de cetim
Neste lírico folhetim leio, destarte
A melhor parte deste ensaio está no fim

Desde infante em cortejos e atrelados
Amores andejos de tropear sem fim,
Acenam-me enganos, conquistas e lendas;
Turba insana a despetalar-me o jardim

Aos quatro cantos bruxuleiam tremulantes
Vitórias, cinzas mortas, rês de mim
Desvanecidas pegadas, frias, errantes
Débeis chispas absconsas de festim.

Ora, o vento agita as labaredas e acelera,
Dos desapegos e das lutas a liga forte,
Que por norte o valor nomina e gera
D’Amor, que vence a dor e vence a morte
.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=174887