
Luar Azul
Data 16/02/2011 17:37:11 | Tópico: Poemas
| Em matizado degradê qual manto fosse Os oceanos, no azul em ti achado, Em cantilena, rumorejam ária doce, E na platéia o infinito estrelado.
Meu Solitário coração te faz lareira Da nostalgia alimentada ao anoitecer E de alegria se tinge a pasmaceira Já não assusta o cinzento escurecer.
Em tons azuis se enfeita a aba da noite No silencio do infinito rendilhado... Se névoas te embaçam, triste açoite Pro olhar com que te busco apaixonado!
De imensurável beleza o anil temperas, No entardecer ao revoar das pombas E no canto do galo, ao declinar esperas O astro rei que te vem beber as sombras
Rainha Inacessível ao Senhor do dia, Em banhos íntimos de recamadas cores Se me entregas, despida, o corpo em orgia, Ao murmúrio plácido de trovas de amores!
Arrebata-me, pois, Soberana dos espaços Ancora-me em teu seio o coração triste E à minh’alma acalenta em seus braços Libertando-a do laço que desfazer resiste
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