QUEM BATE NOS MEUS UMBRAIS

Data 16/09/2007 14:38:33 | Tópico: Sonetos




Nos umbrais de minha janela escuto
O que parece ser um pardal ferido,
E com os olhos buscando perscruto,
Ao longe, um qualquer jaez gemido,

Que me leve até à pobre e dita criatura,
Para me acercar dela e a proteger,
Com gazes limpas, à moda de atadura,
Que o seu voo teve algures padecer.

Por fim, encostado ao umbral, descobri
O pobre animal com uma asa derreada
E meigamente o tomei para mim.

Quase febril tirei tudo de cima da mesa,
E na parte onde esta era mais espelhada,
Fiz-lhe ninho e mantive a chama acesa.

Jorge Humberto
15/09/07








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