Desfalecida

Data 24/02/2011 10:27:54 | Tópico: Poemas -> Sombrios

Teu corpo deitado
Sob o incessante olhar
Do sacrifício. O desejar do teu sangue.
Vampiro nobre, incontrolável
A provar de ti, inevitável.
Erguei teu corpo da tumba
Querida. Morta ao beijar do luar.
Tua virgindade da noite louca,
Embriaga-te ao intrigante desconhecer
Das noites, sensuais, mas não para ti.
És pura, imaculada, anjo que enfeitiça.
Mas agora... Nada a restar... Não podes
Se expor a luz do sol a brilhar.
Teu corpo cadavérico, frio e pálido
És de todo o nevar do inverno.
A mim resta somente
A levar-te flores, lírios tão imaculados
Quanto tua alma, meu amor,
E deixa-los, ao sombrio e gélido
Da tua lápide.
Ao silêncio do cemitério
Ouço-te querida a me chamar
Minha musa, agora repouse
Na paz do níveo luar.


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