Ocaso proscrito

Data 26/03/2011 00:00:00 | Tópico: Poemas

Despeço-me no calor frio do dia
onde o sol já não reluz
e a sombra do teu corpo some-se
no ocaso proscrito

Transmuto-me na calçada fria
onde os meus passos deixam marcas
de insana lucidez

Já não cantam os pássaros
e o olhar humedece-se
na meiguice de ti

Soltam-se os suspiros do dia
nos amargos silêncios da noite
onde o meu corpo jaz nos lençóis
brancos sem cor

E as estrelas brilham
de um tempo passado
na brisa quente do presente
nos meus olhos feitos amor

E é no olhar translúcido
que encontro o meu descanso
na berma bravia
do teu corpo nu





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