Diz-se das coisas da vida

Data 26/04/2011 22:04:05 | Tópico: Poemas

A remoer a alegria
Na procura por relevos sentidos,
Naturais de leitura esguia,
Assomam-se todos os amores divididos.

É gente sem corpo,
Gente que adormece num copo
A encher de música quente,
Tão música que se assente
No líquido açucarado,
Fluido, volátil e desbragado,
Consumado de insegurança
E até ondulado sem semelhança.

Retorna a verdade
Depois de percorrer curvas exaustas
E linhas oblíquas, sem travão,
Numa soma de manhãs incautas
Que vão matando a idade
Com batidas de coração.

Valdevinoxis



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