Os Pássaros Migradores
Data 23/05/2011 19:32:58 | Tópico: Poemas
| Ricos nos intuitos animais. Pensadores, anti racionais. Professores, de lições simples. Viajam ao longo do Tempo. A atmosfera, lentamente muda – Estado de espírito centralizado. Descontrolado. O vento, aproxima-se, gélido e mortal. As primeiras gotas de Novembro caiem. As nuvens, celestiais, não. Avançam embebidas em ódio, negras e dominantes. Encobrem os raios dourados, de um sol que mora na lista da extinção. Os Zumbidos da peste, escorrem pelos ramos desfalcados. Desenvolvendo-se como palestras de destruição. Os Pássaros migradores, abrem solenemente o olho, aguarda a hora de partir. Está na hora, está na hora. Assim é cantado. Cansados já. Cansados, muito cansados.
Viajam os pássaros. O grupo é pequeno e debilitado. Choram já. Pois migram sem opção. Outros, para trás ficam. Muitos deles, caiem importunados dos seus ninhos. A mudança é plena e cristalina. Maléfica. Ninguém consegue combater a Mudança. Pássaros. Feitos em medo e insegurança – Pobres parvos, vivendo em ignorância. Eles vêm cem autoridade. Vento forte. Os ninhos caiem. São destruídos e substituídos. Agora pairam sozinhos, na neblina, à procura do local, para começar.
Onde Pairam os Pássaros? Voam soltos. Sim, voam mortos. Caindo e Caindo, nas águas mórbidas, e de corrente assombrosa. Os Pássaros, mortos. Voltem, voltem à vossa querida terra lusitana. Aposentem-se de novo, no cemitério patriota. Pássaros. Não profanemos mais a vossa espécie. Voltem a voar. Cantem as vossas sinfonias de ódio. Essa sinfonia, que tanto ouviram; Dos vossos passados, e agora dos vossos Contemporâneos. Corvos! Infesto à ordem. Manifesto, anti-liberdade. Vos que tanto lutaram, e nada de mau, levantaram. Continuam assim no chão, levando com a poeira. Corvos. Corvos. Porque os Corvos? Em rasto de sangue. As suas penas negras, as suas penas negras. Ensopam a sujidade. Fé. Lorde, agora, falemos assim. Lorde, falemos de vocês. Os Falcões dominantes. Bem ou mal? Mal ou bem?. Uma dessas ordens, lá eles observam. Mostrem-me o estado da mudança. Mostrem! Os seus dilemas e dogmas, mantidos em fogo. Ardem na Fogueira! Vos, vis pássaros, traidores da nossa ordem, ao qual ninguém se opõe! Morram. Ardam. Aprendam o significado da dor eterna – A ele ninguém é livre. Pássaro que é pássaro, fica na sua jaula! – Dizem eles. Cantam, ou gritam, essas pombas.
Pássaros Migradores! Levantem voo. Levantem-se! – Migrem, não existem. Nos vossos ninhos, já não subsiste o conforto e a confiança. A segurança e a tolerância. Pássaros Migradores! Os Ventos mudam; Mudemos também. As estações mudam; Mudemos Também.
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