Poemas : 

Os Pássaros Migradores

 
Ricos nos intuitos animais. Pensadores, anti racionais.
Professores, de lições simples. Viajam ao longo do Tempo.
A atmosfera, lentamente muda – Estado de espírito centralizado. Descontrolado.
O vento, aproxima-se, gélido e mortal. As primeiras gotas de Novembro caiem.
As nuvens, celestiais, não. Avançam embebidas em ódio, negras e dominantes.
Encobrem os raios dourados, de um sol que mora na lista da extinção.
Os Zumbidos da peste, escorrem pelos ramos desfalcados.
Desenvolvendo-se como palestras de destruição.
Os Pássaros migradores, abrem solenemente o olho, aguarda a hora de partir.
Está na hora, está na hora. Assim é cantado. Cansados já.
Cansados, muito cansados.

Viajam os pássaros. O grupo é pequeno e debilitado. Choram já. Pois migram sem opção.
Outros, para trás ficam. Muitos deles, caiem importunados dos seus ninhos.
A mudança é plena e cristalina. Maléfica. Ninguém consegue combater a Mudança.
Pássaros. Feitos em medo e insegurança – Pobres parvos, vivendo em ignorância.
Eles vêm cem autoridade. Vento forte. Os ninhos caiem. São destruídos e substituídos.
Agora pairam sozinhos, na neblina, à procura do local, para começar.

Onde Pairam os Pássaros? Voam soltos. Sim, voam mortos.
Caindo e Caindo, nas águas mórbidas, e de corrente assombrosa. Os Pássaros, mortos.
Voltem, voltem à vossa querida terra lusitana. Aposentem-se de novo, no cemitério patriota.
Pássaros. Não profanemos mais a vossa espécie. Voltem a voar. Cantem as vossas sinfonias de ódio.
Essa sinfonia, que tanto ouviram; Dos vossos passados, e agora dos vossos Contemporâneos.
Corvos! Infesto à ordem. Manifesto, anti-liberdade. Vos que tanto lutaram, e nada de mau, levantaram.
Continuam assim no chão, levando com a poeira. Corvos. Corvos. Porque os Corvos?
Em rasto de sangue. As suas penas negras, as suas penas negras. Ensopam a sujidade. Fé.
Lorde, agora, falemos assim. Lorde, falemos de vocês. Os Falcões dominantes.
Bem ou mal? Mal ou bem?. Uma dessas ordens, lá eles observam.
Mostrem-me o estado da mudança. Mostrem! Os seus dilemas e dogmas, mantidos em fogo.
Ardem na Fogueira! Vos, vis pássaros, traidores da nossa ordem, ao qual ninguém se opõe!
Morram. Ardam. Aprendam o significado da dor eterna – A ele ninguém é livre.
Pássaro que é pássaro, fica na sua jaula! – Dizem eles. Cantam, ou gritam, essas pombas.

Pássaros Migradores! Levantem voo. Levantem-se! – Migrem, não existem.
Nos vossos ninhos, já não subsiste o conforto e a confiança. A segurança e a tolerância.
Pássaros Migradores! Os Ventos mudam; Mudemos também. As estações mudam; Mudemos Também.

 
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OwlPhilosophy
 
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