Bambu

Data 19/06/2011 21:09:18 | Tópico: Sonetos

Doravante serei eu flexível
Qual bambu que dança ao vento bravo,
Pois já sei que nunca é possível
Ter a fruta da vida sem o travo.

Tatarei de, defronte ao intransponível,
Dar-me asas, fugir de ser escravo
Da atitude sem graça e previsível
De a tudo atribuir agravo.

E voar até que é possível
Se co’as unhas da esperança cavo,
Se da fé eu faço combustível.

Se o vento não aceita conchavo,
Não vergar é inadmissível.

Só dou ponto depois que alinhavo.



Frederico Salvo


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