Elegia à vida ávida

Data 04/07/2011 20:45:06 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Não fossem os excessos já vividos
Em tantos outros carnavais
Ávidos corpos estendidos
Sedentos dos pecados mais mortais

Está de partida esta alma impune
Só vexada pelo castigo do cilício
Deixa na carne a pútrida pústula
A apodrecer no meio de tanto vício

Mas, não importa sequer o triste fim
Uma vez chegada a hora do rescaldo
Mais vale a vida chorar por mim
O poeta jamais será um simples fardo


Maria Fernanda Reis Esteves
51 anos
natural: Setúbal



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