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    	Data 16/07/2011 01:48:56 | Tópico: Poemas
 
  |  Às vezes, os pensamentos criam-me ondas revoltas;  inquieto-me, e mal dou conta de me expressar.  Cerro os olhos... e as palavras não vêm à tona.  Percebo que desejo dizer algo mais substancial,  algo que fosse mais sangue, e também mais carne que a carne dorida do amor.
  Assim, só posso deixar no ar perguntas  cujas respostas eu e o mundo  [e o que me importa o mundo...]  estamos fartos de saber:
  o que é que pode encharcar de mágoas a noite, senão as lágrimas misturadas à chuva fina, lenta?
  Fazer uma pergunta assim, ao léu, nada me custa:  tu e eu sabemos muito bem o que nos corta em tiras...  o que devora lentamente a carne do amor! 
  [Penas do Desterro, 13 de julho de 2011]
 
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