Poemas : 

[A Carne do Amor]

 
Às vezes, os pensamentos criam-me ondas revoltas;
inquieto-me, e mal dou conta de me expressar.
Cerro os olhos... e as palavras não vêm à tona.
Percebo que desejo dizer algo mais substancial,
algo que fosse mais sangue, e também
mais carne que a carne dorida do amor.

Assim, só posso deixar no ar perguntas
cujas respostas eu e o mundo
[e o que me importa o mundo...]
estamos fartos de saber:

o que é que pode encharcar de mágoas a noite,
senão as lágrimas misturadas à chuva fina, lenta?

Fazer uma pergunta assim, ao léu, nada me custa:
tu e eu sabemos muito bem o que nos corta em tiras...
o que devora lentamente a carne do amor!

[Penas do Desterro, 13 de julho de 2011]

 
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crstopa
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