
A Átis
Data 18/07/2011 18:00:26 | Tópico: Poemas
| tradução de Décio Pignatari
Não minto: eu me queria morta. Deixava-me, desfeita em lágrimas:
"Mas, ah, que triste a nossa sina! Eu vou contra a vontade, juro, Safo". "Seja feliz", eu disse,
"E lembre-se de quanto a quero. Ou já esqueceu? Pois vou lembrar-lhe Os nossos momentos de amor.
Quantas grinaldas, no seu colo, — Rosas, violetas, açafrão — Trançamos juntas! Multiflores
Colares atei para o tenro Pescoço de Átis; os perfumes Nos cabelos, os óleos raros
Da sua pele em minha pele! [...] Cama macia, o amor nascia De sua beleza, e eu matava A sua sede" [...}
Cai a lua, caem as plêiades e É meia-noite, o tempo passa e Eu só, aqui deitada, desejante.
— Adolescência, adolescência, Você se vai, aonde vai? — Não volto mais para você, Para você volto mais não.
Venho trazer mais um fragmento de poema da poetisa grega Safo.
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