Dor

Data 08/08/2011 21:50:08 | Tópico: Poemas -> Amor



ali parada quietinha
calada, vem mansinha

sem delonga te alucina
faz você ver sempre sua sina

corta a pele como uma navalha
sangra e cura com sal o ferimento

arde, queima e chora
amor que eu vi ir embora

corri descalça furando os pés
que na raiva contei até dez

sozinha, suja e suada
sangro onde não vejo

sangro no coração
grito aquela canção

só consigo ver escuridão
dor inexorável da solidão

Porque fui amar-te?
hoje tem meu desprezo

pois não ouvistes meus gritos de desespero
meu chamado, meus conselhos

dor dos espinhos de uma flor
de fome ou de calor

me dominou e não me abandonou
vai a junto daquele amor

não o faça voltar, mas ver que errou
ver o valor que dei ao sentir sua dor



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