Pés ébrios

Data 03/10/2011 21:44:22 | Tópico: Poemas -> Surrealistas

Dorme ao léu, no fundo de um bar bębado,
certo homem embriagado,
filho do álcool,
Irmăo do fim,
qual desigual bębado ŕ toa,
Igual a um navio sem proa
visto por um olhar cheio de lágrimas.


Tudo há nesse bar: do amor ŕ queda,
do choro ŕ gargalhada.

Tomo-me de afetos e enjoo a vida.
Ai de eu morrer na lucidez dos vívidos,
ao abrigo dos ventos trôpegos.

Invade-me certa ousadia,
pois prefiro pôr este poema em prosa,
do que embriagar-me por certas covardias.



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