Ah solidão de alegro! Que caminhas comigo esse rumo na escuridão, Vestindo os meus medos de negro, E apanhando os meus cacos do chão, Como te posso recusar a compaixão?
E como exaltas de ti essa alegria, Em risos de criança mimada, Soltando de ti essa nostalgia, Que arrasta e puxa de mim a vida, Que tanto proclamei como querida…
E tu que te vestes de egoísta, Só olhando para o teu vestido rosa, Matas mais um sentimento altruísta, Deixando de presente o vazio da furiosa, E o peso na alma penosa.
Ah solidão de alegro! Que te ris quando te expões a me olhar, Pintando a minha alma de negro, Secando todo o meu mar, Que já não verte águas de caiar…
Marlene Carneiro O meu Blog: http://ghostofpoetry.blogspot.com
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