Densa Cabeleira

Data 18/10/2011 01:07:26 | Tópico: Poemas

Ó, vasta e densa cabeleira,
Tosão ondulante de negrura
Que cai em caracóis pela cintura
E em franjas pelas sobrancelhas!...

Quero agitá-la em véus de brumas
Para que faísque pratas de cometas;
Para que seja refúgio das borboletas;
Para que seja um céu de espumas!...

Quero prendê-la num céu de estrelas;
Enroscar a negra crina em meus punhos;
Cavalgar em teu dorso pelos mundos;
Rasgar contigo as tardes vermelhas!...

Quero um gozar novo, de forma serena;
Ejacular uma via-láctea dentro de você;
Fazer-te um filho como eu faço um poema;
Depois feito um louva-deus... Fenecer!



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=202595