*Acorrentada*

Data 18/10/2011 21:23:17 | Tópico: Poemas



Quebras correntes outrora de ferro,
Onde me deixaste a verter todo elixir,
Agora mentes com os dentes no inferno,
Porque quiseste partir?
Matando o pouco que tinha para cuspir…

E chocalham essas malditas latindo no chão,
Amarrada nas muralhas desse castelo,
Secando esses escarlate que me dava impulsão,
Para cavar mais o buraco de gelo,
Quebrando da vida o elo.

E tilintam essas malditas,
Que me prenderam sem perdão,
E vi-te caminhar para fora das muralhas,
Deixando-me na mão,
O veneno que chamaste em tempos paixão.


Marlene Carneiro




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