POSSE

Data 22/10/2007 14:10:33 | Tópico: Poemas -> Paixão

Num tempo que ficou parado

No desalinho do cálido leito

Num espaço por nós limitado

Nossos corpos se dão febris

Em abandono total o meu ser

Bebe em ti a sequiosa loucura

Tua vontade aguda de me ter

Suor resvalando pelos quadris.



Desapossados já da candura

Solto o grito do meu prazer

Nas sinuosidades do teu peito

Nossa respiração jorra arfante

Sufoca os arrebatados beijos

Nossas mãos colhem segredos

Na alvura da pele escaldante

Na entrega tórrida dos desejos.



Ofegantes e de corações ledos

Longe de ter acalmado a avidez

Nos quedamos ébrios e quentes

Após a fúria da posse enleados

Prà entrega mais uma vez.


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