Instante inconstante

Data 05/11/2011 16:19:15 | Tópico: Poemas

Olhares sedentos de inverno,
Sangue frio e quente
Andando no meu e teu inferno
Vivendo na tua mente.

Que caminho cinzento e ofuscado
Pegadas das feridas dos derrotados
Onde percorro a estrada, obcecado
Onde vejo as almas dos agoniados.

Vidas passadas, futuro ausente
Gestos e mágoas de um olhar inocente,
Numa mudança constante
De um ciclo vicioso e alucinante.

Confronto o destino,
Ofereço a minha sentença
Sou por momentos assassino
Da vida que lhe pertença.

Quero viver, quero sofrer
Quero sentir, não ter nada a perder
Não pedi para nascer,
Não pedirei para morrer...



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=204691