CONJECTURAS OUTONAIS

Data 15/11/2011 11:07:26 | Tópico: Poemas



Ventos rudes de Outono, gemidos
de folhas secas, aos pés calcadas,
chamando pelo Inverno…
Inevitável cessar, para reaparecer
do fundo do desconhecido, impenetrável
que das águas revoltas vai renascer!

Surpresas volatilizadas em crença
essências chamejantes… cintilantes
como lenha escarlate estalando,
com fragrâncias intensas de pinheiro
em seiva em catadupa deslizando!

Tudo soa, ecoa, tange e vibra
entre as paredes de um escaninho
esculpido em massa de enternecimento
devagar, suavemente de mansinho!
Por acção dos elementos essenciais
misturados num húmus vital
transmutação física recôndita
trabalho de mãe Gaia fundamental!

um dia o assombro, o misterioso prodígio
das profundezas da terra se soltará em graça
no esplendor esfuziante do seu desígnio!

2011



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